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Máscaras de super-heróis ajudam crianças com câncer a passar pela terapia com mais leveza e otimismo

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Trabalho é realizado por voluntários, que levam apoio aos pacientes oncológicos na Rede Ebserh

 

O tratamento oncológico, por si só, já é desafiador para os adultos e, imagine então, quando isso precisa ser enfrentado pelos pequenos? Pensando em dar mais leveza ao período de tratamento ao qual as crianças são submetidas, grupos de voluntários levam apoio aos pacientes.

As ações são realizadas por grupos de apoio e voluntários, em prol dos pacientes que passam por tratamento de câncer em unidades da rede de hospitais administrados pela Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).

Máscaras

Para enfrentar o tratamento oncológico, as crianças com câncer que precisam passar por tratamento de radioterapia no Humap-UFMS (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), colocam a máscara do seu super-herói ou personagem favorito.

Isso porque os pacientes que fazem tratamento de câncer na região da cabeça e pescoço precisam usar a máscara imobilizadora para que fiquem sempre na mesma posição durante as sessões de radioterapia, garantindo que o tratamento possa ser realizado.

Mayara Rodrigues Mota, chefe da Unidade de Hematologia, Hemoterapia e Oncologia do Humap, explicou que a máscara é toda branca e muitas crianças entravam em pânico, pois ficavam com medo de se sentirem sufocadas durante o procedimento.

“Surgiu a ideia de customizar a máscara como as dos super-heróis. Conseguimos o contato com a Flávia Bucallon, que já havia finalizado o tratamento do seu filho em outra instituição, onde personalizou a máscara usada por ele. Ela se prontificou a customizar as máscaras das crianças, de forma voluntária, em gratidão e homenagem ao sucesso do tratamento do seu filho”, disse Mayara.

“Com as máscaras customizadas, as crianças sentem-se mais acolhidas. Elas ficam tão encantadas que querem vestir a máscara, como se de fato, fossem se tornar super-heróis. Percebemos que essa ação fez uma diferença significativa em todo o tratamento dessas crianças que passaram pelo Humap”, declarou a especialista.

Flávia Bucallon explicou que seu filho, há quatro anos, teve um câncer na cabeça e precisou passar por todo o tratamento de radioterapia e quimioterapia. A ideia da pintura da máscara foi apresentada a ela, e sabendo que as crianças aceitavam melhor o tratamento dessa forma, foi em frente.

“Meu filho é louco por super-heróis, escolheu o Batman e perguntei se podia tentar fazer a máscara para ele. Depois disso, a cada criança que chega para o tratamento, me ligam do hospital, então, vou fazer com todo carinho, porque a máscara fez a diferença para meu filho aceitar o tratamento. É um período muito difícil para todos, o que for possível fazer para melhorar e trazer um pouco de alegria, já vale a pena. Eu adoro fazer as máscaras e a cada uma que faço é uma esperança que tudo já deu certo, como deu para meu filho”, revelou.

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