Moradores do União, Oliveiras e Girassóis relatam insegurança com furtos constantes
Uma onda de furtos na região dos bairros Conjunto União, Residencial Oliveira e Parque Residencial dos Girassóis tira o sono de moradores e frequentadores da região desde o início do ano. O caso mais recente ocorreu nesta segunda-feira, 31 de julho, e terminou com o furto de quatro aparelhos celulares. Os assaltantes do momento rondam os bairros em uma motocicleta e abordam desde quem passa pelas ruas a moradores na frente de casa.
Pelas ruas, os relatos de assalto são diversos e indicam a autoria de grupos específicos. “Tem dois motociclistas, semana passada era um carro preto que ficava por aqui. Para todo mundo que você perguntar, eles vão saber de algum caso de furto. É constante a situação aqui”, contou um popular. Ainda, segundo os populares, os furtos ocorrem até em plena luz do dia.
Um funcionário de uma farmácia no União e morador do bairro Oliveira há quase 25 anos explicou que os assaltantes não possuem um modo de agir fixo. “Abordam e levam o que tem. Pode ser celular, mochila, até moto. Ontem mesmo no Oliveira abordaram uns moradores que estavam em frente a uma casa e fizeram a limpa em quatro celulares”, detalhou.
Uma moradora há 17 anos no Oliveira falou que a onda de furtos começou neste ano. Segundo a mulher, o local era tranquilo. No entanto, especialmente no mês de julho, os assaltos se concentraram tanto no bairro quanto no União e no Girassóis. O funcionário da farmácia reforçou a fala dela: “Teve uma época na década de 90 que era bem perigoso. Depois, deu uma acalmada e voltou agora”.
De Fiesta preto a motocicletas
Os autores que preocupam os moradores da região são diversos. No caso mais recente, são dois motociclistas ainda não identificados. Em um caso mais antigo, ocorrido no União, um veículo Ford Fiesta preto rondava a região em busca de vítimas. Uma atendente de uma padaria contou que os assaltantes do carro tentaram abordar uma mulher na porta da casa dela. No entanto, a possível vítima reagiu e começou a persegui-los de motocicleta. “Tinha mais gente dentro do carro que estava na esquina esperando eles [autores]. Entraram e foram embora. Não foram pegos”, contou a atendente.
O curioso é que os crimes ocorrem em regiões próximas a uma Companhia Independente de Polícia Militar. Mesmo com o posto da Corporação no local, a segurança de quem vive na região ainda é colocado em risco. Para conter os assaltos e informar a população local, os próprios moradores montaram grupos no WhatsApp onde relatam os crimes e alertam os outros.
“Tem o grupo geral e um que fica de stand by. Nele, a gente informa a ocorrência em tempo real e tenta ir atrás dos assaltantes. Uma vez conseguimos pegar um carro velho e sem placa que rondava aqui na região”, contou o funcionário da farmácia.
Conforme o relato dele, nessa ocasião, os assaltantes tinham equipamentos de jardinagem e abordavam os moradores oferecendo serviços. Quando viam as casas vazias, pulavam o muro e furtavam pertences das casas. A ação ocorreu neste ano e os criminosos foram presos, no entanto, o funcionário não soube precisar o mês em que esse crime em questão aconteceu.
Patrulhamento na região
A reportagem acionou a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS) para apurar as ações de segurança realizadas na região. Em nota, a Corporação informou que realiza rondas durante o período diurno. “O patrulhamento na região é realizado diuturnamente, por meio das viaturas operacionais da 10ª Companhia Independente de Polícia Militar e de nossas Unidades Especializadas (BOPE, Batalhão de Choque, entre outros). Rondas preventivas e abordagens policiais ocorrem diariamente em todos os bairros da Capital, inclusive na região informada, e têm sido intensificadas de acordo com o emprego operacional das viaturas”, diz trecho da nota enviada.
Ainda, conforme a PMMS, as rondas nos bairros da Capital são realizadas de acordo com análises nos boletins de ocorrência registrados e acionamento das autoridades nos locais. “Assim, é imprescindível que os moradores repassem essas informações às equipes policiais ou registrem tais crimes na delegacia da região, de modo que todo o poder público possa atuar de forma mais precisa”, orienta a Polícia.