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Testemunha-chave da defesa diz que foi coagida por policiais; Marcelo Rios chora

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Eliane Benites Batalha dos Santos, ex-esposa de Marcelo Rios, presta depoimento, na tarde desta terça-feira (18), no júri que investiga a morte de Matheus Coutinho Xavier, 17 anos. Ela é considerada testemunha-chave para a defesa, pois denunciou suposta organização criminosa e, posteriormente, disse que foi coagida pelos investigadores.

Márcio Vidal, advogado de Jamil Name Filho, questionou se Eliane foi ouvida no Garras, ao que ela afirmou que sim, quando seu ex-marido foi preso, e que isso teria acontecido em um fim de semana. Na ocasião, Rios foi flagrado com um arsenal de armas de grosso calibre.

Naquela data, a casa da família teria sido vistoriada pela polícia. Segundo Eliane, os policiais a informaram que ela estava sendo presa. No entanto, o interrogatório foi realizado devido ao seu ex-marido, sobre sua vida e ações.

Eliane alega que estava sem telefone e que um homem se apresentou como advogado de seu então marido, que ela autorizou que a acompanhasse durante o interrogatório.

A testemunha afirma, ainda, que a polícia a buscou em casa em um carro descaracterizado, dizendo que ela precisava ir à delegacia porque Marcelo queria falar com ela e que temiam pela vida dela.

Apoiando a teoria da defesa, Eliane acredita que foram os próprios policiais que a visitaram em casa para fazer ameaças, fazendo-a acreditar que seriam membros da organização criminosa. Ela afirma que reconheceu um dos agentes pela estatura e pelas botas que ele usava na delegacia, que eram iguais às do homem que a ameaçou anteriormente.

Eliane complementa que a casa de sua mãe foi invadida por policiais, que apontaram fuzis para o rosto de sua mãe e de seu pai. Quando foi ao Garras com os filhos, disse que acreditou na alegação de que corriam risco de morte.

Questionada sobre possível pagamento para mudar o testemunho, a mulher rebateu que foi ao banco com uma pessoa lidada à família Name porque precisava pagar uma conta e recebeu o dinheiro pelo trabalho de Marcelo. Ela diz que recebeu R$ 500 na ocasião e que o restante foi empenhorado para pagar uma corrente que o ex-guarda havia comprado (Ele recebia R$ 625/semanal).

 

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