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Acusada de torturar bebê em creche já maltratou da avó cadeirante em Naviraí

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Creche onde crianças foram torturadas e dopadas tinha slogan ‘carinhoso’ em Naviraí
Caroline Florenciano dos Reis Rech, de 30 anos, acusada de torturar crianças e bebês em sua creche na cidade de Naviraí – a 352 quilômetros de Campo Grande, possuí uma extensa ficha criminal e entre as passagens, consta uma situação de maus-tratos contra a sua própria avó no ano de 2019.

Conforme apurado pela reportagem, a mulher teria torturado fisicamente e psicologicamente a sua avó cadeirante e chegou a ameaça-lá diversas vezes com uma bengala e com um martelo na residência, no bairro Monte Fuji.

Segundo o boletim de ocorrência da época, registrado em julho de 2019, a idosa, até então com 75 anos, foi encontrada aos berros e chorando bastante, onde implorava por socorro. A Polícia Militar esteve na residência e ouviu da idosa que ela seria torturada pela neta, caso ficasse sozinha com ela.

Ainda de acordo com o registro policial, a vítima relatou que sofria maus-tratos em vários aspectos, como agressões físicas, ameaça, tortura física e psicológica, além da privação de alimentos e cuidados higiênicos. Foi visualizado na época uma lesão leve em sua perna esquerda e braço direito.

No relato da idosa, ela informou que já teria recebido chutes nas costelas e não recebia banho adequadamente, além da falta de troca de roupas por conta do uso de faldas geriátricas.

No dia em que a polícia esteve na casa, Caroline esbravejou diversas vezes e jogou as roupas da avó na rua. “Está velha desgraçada não fica mais aqui, ela vai para o olho da rua, aqui está fedida não fica mais aqui, está imundície”, frase que consta no boletim de ocorrência,

Diante da cena, ela foi detida e encaminhada para a Delegacia de Polícia Civil de Naviraí.

Prisão por tortura

Caroline Rech foi presa em flagrante na manhã de terça-feira (11) ao ser flagrada torturando uma bebê, de 11 meses, em sua creche no bairro Sol Nascente, também em Naviraí. A outra funcionária chegou a ser detida, porém, foi liberada e não passou por audiência de custódia.

Segundo a polícia, a creche servia como um local de agressões e torturas contra crianças e bebês. Isso gerou uma investigação minuciosa da polícia, que chegou a colocar câmeras de monitoramento para flagrar as agressões em tempo real e conseguir prender as suspeitas.

O principal momento que levou a prisão das duas integrantes foi na manhã de segunda-feira, quando a proprietária, que também atuava como cuidadora, agrediu uma bebê, de 11 meses. A criança havia saído do travesseiro em que estava e a suspeita, pegou a vítima e a jogou de forma bruta no local onde ela estava.

Em seguida a bebê voltou a chorar, possivelmente por estar incomodada por fome, necessidade de trocar ou por estar cansada de ficar no mesmo lugar por muito tempo, momento em que a investigada novamente a pegou e jogou no colchão e também desferiu alguns tapas no corpo da bebê, nitidamente como castigo em virtude do choro.

Conforme divulgado pela polícia, as câmeras captavam os áudios e foi possível observar que a mulher chamava a criança de sem vergonha e dizia que quando as crianças começassem a andar, estavam lascadas. Cabe ressaltar que para instalar os objetos na creche, a Polícia Civil representou pela medida de interceptação e captação ambiental no referido estabelecimento, tendo o pedido aceito.

A equipe de investigadores estranhou o fato da bebê não se levantar do colchão e permanecer no local por horas, sem se arrastar, engatinhar ou andar, aparentando estar sob efeito de algum medicamento, pois seria normal que um bebê com 11 meses fosse agitado.

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