A Operação Arnaque deflagrada nesta manhã em Mato Grosso do Sul e mais sete estados para dar fim a quadrilha que atuava com golpe de falso contrato tem entre os réus advogados, vereadores e servidores públicos.
A organização criminosa que atuava desde 2019 em MS, Mato Grosso, Bahia, Minas Gerais, Goiás, Paranaíba, Paraná e Piauí faturou R$ 190 milhões.
A etapa conclusiva tornou réus todos os 39 alvos de mandados de prisão, dentre eles sete advogados, dois vereadores e outros dois servidores públicos, pela prática dos crimes de integrar organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e uso de documento falso.
Segundo a polícia, o trabalho investigativo identificou duas organizações criminosas lideradas por advogados responsáveis pela propositura de mais de 70 mil ações judiciais em todas as regiões do país.
As investigações revelaram que os crimes, apesar de explorarem pessoas em grave situação de pobreza e vulnerabilidade social, permitiram que líderes das organizações criminosas movimentassem milhões em cinco anos de atuação.
O casal mandante foi preso em Campo Grande nesta quarta-feira (5). Segundo o delegado da Decon, Reginaldo Salomão, 33 pessoas estavam envolvidas, algumas já presas, outras arrependidas da participação, mas os mandantes continuavam aplicando os golpes.
Ainda segundo a polícia, o casal já teve uma caminhonete Hilux 2023 apreendida em fevereiro e agora uma Land Rover. Mesmo assim, os criminosos insistiam em fazer novas vítimas.
“Eles pegavam jovens para trabalhar usando seus perfis na rede social, davam chip com DDD 11 ou 021 dizendo que era onde ficavam a matriz e seguiam aplicando os golpes de carta de crédito facilitada”, explica.
O golpe era facilitado, pois atraia pessoas com a promessa de liberação do dinheiro em 7 dias, mesmo com Score baixo ou nome negativado.
“Eles tiraram de pessoas pobres, menos assistidas, a intenção era acabar com isso e vamos conseguir”, afirma.
