Inexperiência administrativa. Esse é o calcanhar de Aquiles que vem sendo acobertado no segundo turno das Eleições 2022 ao Governo de Mato Grosso do Sul por parte da equipe do candidato Capitão Contar (PRTB). E a história recente por aqui mostram os nomes que geram calafrios no eleitor: Alcides Bernal e Gilmar Olarte, ambos ex-prefeitos de Campo Grande. O último, Olarte, inclusive, declarou apoio público a Contar.
Eleito na onda da renovação e ‘nova política’, Alcides Bernal chegou ao Paço Municipal campo-grandense no primeiro dia de 2013. A administração foi caótica, para dizer pouco, com direito a maior cidade do Estado ficar uma semana sem coleta de lixo, só pra citar o exemplo mais impactante.
Além da inexperiência com a máquina pública, Bernal guarda semelhança com Contar pela ausência em debates no segundo turno. Também o então candidato a prefeito faltou aos encontros públicos com o adversário.
Com Bernal, estudantes ficaram sem uniforme escolar por meses a fio, além de problemas na merenda.
E o mais lembrado na cidade: Campo Grande se transformou em uma cidade tomada pelos buracos, ‘abertos’ por rivais, dizia Bernal.
O prefeito acabou cassado pela Câmara Municipal, dando lugar a Gilmar Olarte, que se mostrou ainda mais inexperiente. Ao final de quatro anos da dupla, a Capital mostrou um atraso nunca antes visto em sua história. É essa parte que tenta ser apagada hoje nas eleições estaduais.
NAS RUAS
No centro de Campo Grande é possível encontrar quem lembra claramente deste passado recente, e teme o futuro. “Na gestão do Olarte e do Bernal eles não tinham responsabilidade com a cidade, que estava abandonada, Campo Grande vivia um caos. E agora com o Contar é pior, porque ele pode acabar com o Estado, não só com Campo Grande. Então não aceitamos o apoio de nenhum dos três”, afirmou a assistente social Daniely Roca, 35 anos.