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Simone Tebet diz que orçamento secreto será o maior escândalo do Brasil

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A senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse que o orçamento secreto será, provavelmente, o maior escândalo do Brasil. Em discurso na tribuna do Senado na noite de quarta-feira (13), ela citou inúmeros escândalos da última década e disse que os órgãos de controle devem investigar.

Simone citou exemplos do mensalão, petrólão, possível compra superfaturada de vacinas durante a pandemia e ressaltou que no orçamento secreto já houve denúncias relacionadas aos Ministérios da Educação, do Desenvolvimento Regional e, agora, da Saúde.

“Dentro do orçamento secreto nós temos o escândalo da educação, do tratoraço, dos ônibus escolares e, agora, nós temos denúncia grave da Revista Piauí, começada antes pelo Estadão, por vários jornalistas, dizendo o modus operandi, com detalhes, puxando o fio do que provavelmente vai ser o maior escândalo da República do Brasil”, lamentou.

A senadora considerou o esquema é rudimentar e acredita que ele seja objeto de investigação intensa dos órgãos de controle do País. “Um esquema que é rudimentar. Um esquema que diz que uma cidade de 39 mil habitantes (Pedreiras-MA) em um único ano extraiu 540 mil dentes da boca de seus cidadãos. O que significa ter extraído 14 dentes de cada boca. É a cidade mais banguela do mundo”, exemplificou Simone.

A Senadora também citou o exemplo de outro município (Santa Quitéria do Maranhão, que tem 25,8 mil habitantes) que realizou mais exames de HIV do que a cidade de São Paulo, com 12,4 milhões de habitantes.

Ela ressaltou que os escândalos se concentram no Maranhão, um dos estados mais pobres do País, que mais precisa da saúde pública. “Nós estamos falando de notas frias, de notas falsas, de serviços que não foram executados e de milhões que não foram aplicados e que foram parar, de alguma forma, no bolso de alguém. É isso que o orçamento secreto traz para esta Casa: uma suspeição que nós não podemos admitir”, disse.

LDO

Simone ainda justificou que votou contra a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) porque as emendas de relator não deixaram verdadeiramente de ser impositivas. “Não havia condição de votar numa lei que dizia que estava fazendo uma coisa, quando estava fazendo outra. As emendas de relator (RP09) continuam obrigatórias e impositivas”.

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