Campo Grande não é diferente da maioria das cidades brasileiras, quando se fala nas doses de reforço contra a Covid-19 e em outras campanhas de imunização. Com a queda das mortes e casos graves do novo coronavírus, a população passou a negligenciar as doses seguintes e não chega nem perto da meta vacinável, que é de 90%. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, a procura caiu 63% desde o início do ano.
Para se ter uma ideia, em janeiro deste ano, 330.111 sul-mato-grossenses tomaram doses contra a covid, de acordo com a SES (Secretaria de Estado de Saúde). Três meses depois, a contabilização do mês de abril, incluindo as doses de reforço, caiu para 120.496.
O número é 63,4% menor. E foi justamente neste período que o Estado vivenciou um surto, saltando de 100 para 821 confirmações da doença em um só dia. Meses depois, com a redução dos casos, a população afrouxou e deixou de verificar datas e buscar informações sobre as doses de reforço.