Luan Felipe Pereira Santana foi visto em um viaduto com a namorada e o casal teria sido flagrado fazendo sexo na praça onde o crime ocorreu
“Assustador”, diz um vizinho do local onde Luan Felipe Pereira Santana, de 20 anos, foi assassinado na noite de terça-feira (7), no bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande. A execução quebrou a calmaria do bairro e pegou os moradores de surpresa num momento em que a praça na Rua João Francisco Damasceno, onde o crime aconteceu, ainda estava movimentada.
Outra moradora da região confirma que várias pessoas testemunharam o momento dos disparos. “Minha irmã viu, todo mundo viu”. O jovem sofreu dois tiros no rosto e um no tórax e morreu no local. Conforme apurado, a execução teria sido motivada por vingança. Isso porque o jovem teria se envolvido em uma briga na última segunda-feira (6) com um amigo do autor.
Antes de morrer, Luan Felipe Pereira Santana foi visto fumando em um viaduto com a namorada. Depois, o casal teria sido flagrado fazendo sexo na praça onde o crime ocorreu. “Estavam fazendo coisa errada e todo mundo vendo”, afirma uma testemunha. Então, segundo ela, um carro prata passou atirando e fugiu. A Rua João Francisco Damasceno amanheceu manchada com o sangue de Luan.
Vizinhança amedrontada
A região onde Luan foi executado é considerada “tranquila” por moradores. O local dos disparos, na Rua João Francisco Damasceno, fica em frente à praça utilizada pela vizinhança para realizar caminhadas e praticar esportes, inclusive, na quadra pública disponível lá.
“Para os moradores é assustador, afinal, um jovem foi morto no meio da rua. É estranho porque o bairro aqui é muito tranquilo, pegou todo mundo de surpresa. Sai de casa e vi uma muvuca, era umas 22h, aí fiquei sabendo o que tinha acontecido”, explica um homem que mora na rua ao lado.

Autores presos
Logo após a execução na noite dessa terça (7), os autores fugiram. Pouco tempo depois, seis jovens foram presos pelo Batalhão de Choque da PM (Polícia Militar) e confessaram a dinâmica do assassinato.
Segundo o boletim de ocorrência, os militares encontraram em casa o primeiro envolvido no crime. Ele confessou o crime e relatou que na segunda-feira (6) a vítima havia se envolvido em uma briga com o amigo dele. Na ocasião, o amigo ficou ferido e foi encaminhado para a Santa Casa.
Diante da briga, o autor confessou que reuniu com outros cinco indivíduos para se vingar e marcou um encontro com Luan pelo WhatsApp. Assim, o grupo foi até o local o crime em um Volkswagen Taos, conduzido por um dos comparsas.
Após o depoimento do autor, os militares foram até a casa do motorista do veículo. Lá, o comparsa foi encontrado junto com o carro usado no assassinato. Ele revelou aos policiais que recebeu uma mensagem para ir até um determinado local pelo autor, mas não sabia do que se tratava. Já no local, ele disse que presenciou o assassinato de dentro do veículo.