Amarildo Roberto da Silva, de 50 anos, que era catador de latinhas, foi brutalmente assassinado a golpes de tesoura, martelo e faca por volta das 22h da quinta-feira (28.abr.22) no Bairro Centro Leste, em Primavera do Leste (MT). A suspeita, uma mulher de 19 anos, ligou para a Polícia Militar e confessou o crime. A acusada ainda gravou vídeos do homem morto e mandou aos seus familiares.
O delegado Rodolpho Bandeira, titular da DHPP de Primavera do Leste disse que a mulher havia brigado com a mãe momentos antes do crime. “A princípio teria ocorrido uma discussão entre ela e sua genitora. A genitora, após a discussão, teria abandonado a residência e momentos depois a suspeita foi até um estabelecimento comercial próximo a sua residência, comer espetinho e tomar cerveja. Nisso, chegou um senhor, que trabalha como catador de latinhas e teria pedido para ela estar pagando uma cerveja… e de fato ela fez isso, pagou a cerveja para ele e [posteriormente] teria realizado um convite para a vítima ir até a casa dela, sobre a promessa de que lá teria mais bebida, para os dois fazerem a ingestão de álcool”, introduziu, Bandeira.
No local, a jovem atacou a vítima com golpes de martelo e tesoura. Ela disse que não tinha motivos para cometer o crime e que não conhecia a vítima. “De fato, a vítima aceitou o convite, foi até a residência da suspeita e num momento de distração a suspeita teria efetuado diversos golpes na vítima, com martelo, faca e tesoura. E inclusive, após ela ter cometido o fato, ela teria gravado vídeo da vítima já morta e encaminhado para familiares”, explicou.
O delegado ainda disse que foi a própria autora que ligou para a polícia pouco depois, confessando o crime. Quando a equipe chegou ao local encontrou o cenário macabro. “A suspeita tinha limpado [o sangue das paredes]. Ela tinha tomado banho e passado perfume para aguardar a polícia. Diante da periculosidade dela, iremos representar pela prisão”, destacou o delegado.
Bandeira disse que a mulher será indiciada por homicídio duplamente qualificado e por emboscada. Ela pode pegar até mais de 30 anos de prisão. Apesar da violência do crime, o delegado disse que a jovem não tinha, de fato, nenhuma motivação.
“Ela não tinha qualquer vínculo afetivo com essa vítima. Ela nos relatou informalmente que conhecia ele ali da região, que ele ia de vez em quando lá no estabelecimento pedir bebida alcoólica, de fato. Ela simplesmente falou que sentiu vontade de matar, são essas as palavras dela”, finalizou.