Laura Leandrino tratava um osteossarcoma e morreu com queimaduras internas e externas, segundo a mãe causadas pela medicação
A dor da perda se mistura com a indignação da mãe, Aparecida Vitalina Leandrino, que perdeu a filha, Laura Leandrino Nunes, de 14 anos, em maio deste ano durante um tratamento de câncer. Segundo a familiar, a filha faleceu em decorrência dos efeitos severos provocados pela quimioterapia, durante tratamento no Hospital Regional de Campo Grande.
Laura foi diagnosticada com osteossarcoma de fêmur e estava internada no hospital onde faleceu no dia 8 de maio deste ano. A adolescente teve uma perna amputada e continuava em tratamento quando foi submetida a uma sessão de quimioterapia conhecida como MPX. Após o procedimento, a mãe relata que a filha apresentou queimaduras graves pelo corpo e, posteriormente, também foi constatado que havia queimaduras internas, inclusive no intestino.
“Ela ficou toda queimada, por dentro e por fora. A quimioterapia matou todas as células de defesa do corpo dela”, disse, emocionada.
A certidão de óbito aponta como causas da morte: choque séptico, neutropenia febril e osteossarcoma de fêmur. A mãe acredita que a quimioterapia foi determinante para o agravamento do quadro clínico da filha, uma vez que a neutropenia febril é uma condição provocada pela queda acentuada da imunidade, comum em tratamentos agressivos contra o câncer.
“Eles têm que pagar pelo que fizeram. A dor da perda dela é muito grande, não desejo isso para ninguém”, desabafa.
A família agora espera por uma investigação sobre o caso e pede providências para que outras mães não passem pela mesma dor. “Não foi só a doença. Foi o que fizeram com ela no final. Quero justiça pela minha filha”, concluiu.
O Hospital Regional de Campo Grande não se pronunciou sobre o caso da paciente Laura Leandrino Nunes.