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‘Eu te vejo e fico louco’: Presidente do Condisi é acusado de assédio sexual e perseguição contra enfermeira em MS

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DSEI afirmou que as medidas cabíveis já foram tomadas

 

 

Elso Gonçalves Batista, presidente do Condisi (Conselho Distrital de Saúde Indígena) em Nioaque, foi alvo de denúncia por assédio sexual, difamação e perseguição. Segundo o registro policial, ele teria assediado uma enfermeira e pedido a demissão dela após a mulher se negar a sair com o autor. O caso foi registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), em Campo Grande.

A denúncia foi feita em junho deste ano, mas só veio à tona nesta quarta-feira (23). Assim, a enfermeira passou a ser difamada pelo presidente do Condisi. Conforme o relato da mulher, ela trabalha na Sesai (Secretaria Saúde Indígena) da cidade de Nioaque, como enfermeira. O autor não seria seu chefe direto, mas o conselho do qual é presidente faz o monitoramento do trabalho realizado. Segundo a mulher, ele teria muita influência na Sesai.

 

Elso Gonçalves Batista

 

A vítima relatou que começou a ter contato com o autor após situações de falta de funcionário e de funcionamento da secretaria. Com a proximidade, o presidente do Condisi passou a dar ‘cantadas’ e fazer elogios.

“Você é linda, você trabalha bem, minha enfermeira. Eu te vejo e fico louco”, teria dito o autor à enfermeira em uma das situações. Ela ainda disse que o homem a convidou para sair e teve o convite recusado. Após recusar o convite do autor para sair, ele começou a persegui-la em seu serviço.

Ainda conforme a enfermeira, o autor solicitou que a vítima fosse transferida da cidade de Nioaque para a cidade de Campo Grande, além de começar a difamar a vítima dizendo que ela estaria fazendo intrigas e espalhando fofocas.

A enfermeira ainda disse que o autor solicitou que fosse demitida do serviço. O presidente do Condisi tem passagens por ameaça, violência doméstica, perseguição e difamação.

Em nota, a DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) afirmou que todas as medidas cabíveis já foram tomadas. Ainda segundo a nota, a vítima recebeu toda a assistência necessária. A DSEI ainda reiterou repúdio a qualquer forma de assédio.

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