Material se deslocou pelo rosto da vítima, que foi parar novamente no hospital
Vinte dias após procedimento estético malfeito mudar totalmente a vida de mulheres, “naquela sexta-feira 13”, em Campo Grande, as sequelas ainda continuam a incomodar, além de gastos intermináveis e o desejo de Justiça.
A primeira vítima, que denunciou o crime da falsa biomédica está, neste momento, retornando ao hospital, após pagar mil reais em um laudo que apontou silicone injetado na boca. Porém, o material se espalhou em todo o rosto.
O documento inicia com a indicação de “ácido hialurônico” na face, mas, realizada a avaliação, o laudo aponta que não é esta a substância, mas sim silicone ‘espalhado na boca, bochecha e em outras partes do rosto’. Além disso, fala que não é possível descartar “substância com veículo oleoso”.
“Este laudo foi um pedido médico. Ele precisava saber se era ácido ou não, precisava de um norte para começar o tratamento. Agora estou indo para Santa Casa, neste exato momento. Ela aplicou silicone e vou ter que passar por cirurgia para retirada, já que o produto espalhou o rosto”, lamentou a esteticista, de 26 anos.
Recentemente, após denúncias, a falsa profissional retirou a foto e denominação de ‘biomédica’ das suas redes sociais, além de apagar algumas postagens. Ao todo, três vítimas relataram os mesmos sintomas e sequelas.
No entanto, já descobriram que, ao menos, cinco pessoas foram atendidas no dia 13 de setembro, quando tudo ocorreu. A suspeita, alegou que enviaria uma nota pelo WhatsApp, porém, não enviou e apenas solicitou que fossem colocadas “fotos mais atuais” da boca das vítimas. A Polícia Civil investiga o caso.