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Após críticas, prefeitura afirma que instalação de banheiros na 14 de Julho teve aval de comerciantes

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No último fim de semana, taxistas reclamaram que o local escolhido para os banheiros químicos trouxe transtornos aos trabalhadores

 

O fechamento da Rua 14 de Julho aos fins de semana tem atraído um grande público e agradado comerciantes que trabalham à noite no Centro de Campo Grande. No entanto, na última semana, o local escolhido para a colocação dos banheiros químicos gerou descontentamento entre os taxistas da região, que alegam não terem sido consultados pela prefeitura.

No primeiro fim de semana, a principal reclamação era a falta de banheiros para atender o grande fluxo de pessoas, problema resolvido na sexta-feira (30). Apesar disso, taxistas reclamam que o local escolhido para a instalação dos banheiros tem causado transtornos a quem trabalha na área.

“É revoltante ver a falta de respeito com os trabalhadores que passam horas no ponto da Rua Maracaju com a Rua 14 de Julho. Colocar os banheiros ao lado do nosso local de trabalho é um absurdo que não podemos aceitar! O cheiro é insuportável, e essa falta de planejamento precisa ser corrigida”, afirmou Flávio Panissa, presidente da Coopertaxi.

‘Todo o processo contou com a participação dos comerciantes’

Questionada, a Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) esclareceu que a colocação dos banheiros colocados priorizou locais estratégicos, considerando os pontos de maior aglomeração do público que frequenta a 14 de Julho nas noites de sexta-feira e sábado. Além disso, todo o processo contou com a participação dos comerciantes.

“No processo de escolha do local, conversamos com todas as lojas onde os sanitários químicos estavam posicionados. Consultamos a Ótica Diniz, Segunda Pele Lingerie, Creta Chipa Grega e Ortobom Colchões”, esclareceu.

Segundo a Sectur, no caso do ponto de táxi em questão, não havia sanitário em frente, mas sim na loja vizinha. O sanitário mais próximo estava em frente à Ótica Diniz, após conversa e consentimento com a equipe da loja.

Além disso, equipes da Guarda Municipal, Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) estiveram presentes para acompanhar o trabalho. No local, as equipes constataram que não houve obstrução da circulação de pedestres ou do acesso ao ponto de táxi.

14 de Julho receberá um contêiner a cada esquina

Rua 14 de julho
Rua 14 de julho (Guilherme Cavalcante)

Outro ponto de crítica por parte dos taxistas foi a falta de limpeza na manhã seguinte ao fechamento da via. Sobre isso, a Sectur informou que a concessionária de limpeza urbana, Solurb, em coordenação com a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), irá operar em horários especiais, com a varrição e a retirada dos resíduos entre 1h30 e 2h da manhã.

Haverá a disponibilização de 1 a 2 contêineres em cada esquina, e cada quarteirão receberá 3 lixeiras extras. A retirada dos materiais depositados nos contêineres ocorrerá nas madrugadas de sexta para sábado e de sábado para domingo. Uma segunda varrição ocorrerá no sábado e no domingo, entre 6h e 7h.

Flávio Panissa afirmou que, apesar do aumento do movimento na 14 de Julho, ainda não houve um impacto positivo significativo para a categoria. No entanto, ele reconhece que benefícios podem surgir no futuro.

“Temos esperança de que, com o tempo, o número de corridas também aumente. Acreditamos que, à medida que as mudanças se consolidarem, os benefícios virão, mas acho essencial que a região receba a infraestrutura adequada para acomodar esse aumento de movimento. Não é aceitável que as pessoas precisem fazer suas necessidades nas ruas sem um mínimo de organização”, destacou Flávio.

Reunião avaliou fechamento como positivo

A primeira reunião de avaliação do teste de fechamento da Rua 14 de Julho, ocorreu no último fim de semana, e avaliou a medida como positiva. Com isso, a estratégia segue pelo menos até novembro, estritamente às sextas e sábados, e passará por incrementos na logística e nas estruturas disponibilizadas pela Prefeitura.

O município pontuou que não houve, nem via polícia e nem via 156, reclamações de violação da lei do silêncio. Na ocasião, a situação dos banheiros químicos e da limpeza da via também foi relatada como uma urgência a ser contornada. Conforme os empresários, o recorde de público fez com que a estrutura disponível nas casas não fosse suficiente para a demanda. A limpeza da via e recolhimento do lixo, também acertada na primeira reunião, ocorreu com outra logística.

A reunião ocorreu na noite da terça-feira (27), com representantes da Prefeitura de Campo Grande e empresários do setor gastronômico da via, uma semana após o anúncio dos testes de fechamento. Como medidas de aperfeiçoamento, o Executivo garantiu a implantação de banheiros químicos, limpeza, interdições das 20h à meia-noite e combate a ambulantes, além de mais presença da GCM (Guarda Civil Metropolitana). O som ambiente e bandas ao vivo também seguem limitados até as 23h59 de cada dia.

“A Sectur ressalta que a ocupação de grande quantidade de público nas noites da região central é algo novo na cidade, sendo previsível que, gradativamente, ajustes e mudanças sejam necessárias, conforme a demanda”, destacou a secretaria.

Além disso, a prefeitura afirmou estar aberta a sugestões que possam contribuir para a melhor fluidez e funcionamento do projeto.

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