A skatista maranhense de 16 anos é uma das favoritas para conquistar o ouro na modalidade
A skatista Rayssa Leal, de 16 anos, é uma das promessas de medalha do Brasil para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. A maranhense de Imperatriz levará em seu equipamento a personalização com duas araras-azuis, animais símbolos do Pantanal e de Mato Grosso do Sul.
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris será na sexta-feira (26), às 13h30 (de MS) às margens do Rio Sena, um dos cartões-postais da capital francesa. Pela iniciativa, Rayssa recebeu os elogios do Instituto Arara Azul.
Em publicação do COI (Comitê Olímpico Internacional), a atleta afirmou que é uma oportunidade única partilhar a ideia da preservação. “A humanidade só pode ser saudável se preservarmos a natureza – a qualidade da água, do ar e do ambiente. As Olimpíadas são um dos eventos mais positivos do mundo, para todos os torcedores e atletas de todo o mundo”.
A presidente do Instituto Arara Azul, Neiva Guedes, avaliou como maravilhosa a atitude de Rayssa Leal. “Além de uma atleta espetacular, levantar a bandeira da conservação demostra o quanto ela e o COI (Comitê Olímpico Internacional) estão atentos a tudo que a humanidade vem passando”.
Referência no mundo todo na preservação e conservação da arara-azul, Neiva está representando o instituto em agenda na Austrália. No Brasil, a representante no momento é a diretora executiva, Eliza Mense.
Ela disse que é um honra ter uma atleta de elite carregando um animal tão importante para a fauna brasileira. “A visibilidade é muito importante, porque é muita dedicação ao longo desses anos para salvar a espécie”.
Eliza destacou a trajetória do Instituto Arara Azul, que há 35 anos atua na preservação da ave. “Nós somos uma organização não-governamental sem fins lucrativos. Nós dependemos de apoio de empresas e de pessoas físicas”.
Ela complementou que os recentes incêndios no Pantanal voltaram a ameaçar a espécie. “Para você ter uma ideia, os alimentos básicos são a bocaiúva. As palmeiras afetadas levam de quatro a seis anos para voltar a produzir o alimento. Além das árvores para fazer o ninho”.