Meteorologista da Capital, Natálio Abrão fala sobre como deve ficar o tempo até 5 de agosto
O inverno começou há quase um mês e já deu para sentir, pelo menos, os efeitos de três frentes frias do Sul do País que chegaram a Mato Grosso do Sul. A última delas começou a ir embora nesta semana e os termômetros voltaram a registrar 30ºC na quarta-feira (17).
A aposentada Rosemeire Ayala, 68, comemora que as temperaturas mais altas tenham voltado. “Quero poder usar minhas blusas de alcinha. Qualquer vento é uma geada, para mim”, brinca. Ela mora em Campo Grande, mas é de natural de Corumbá, cidade que costuma ser mais quente.
O estudante e comerciante Felipe Gomes, 25, também da Capital, prefere temperaturas amenas e gostaria que o tempo seguisse como está hoje (19), até para que as vendas na lanchonete dele não tenham queda. “As pessoas aqui não saem de casa”, fala.
Até 5 de agosto – O meteorologista de Campo Grande, Natálio Abrão, afirma que a previsão é que as temperaturas subam ainda mais até 5 de agosto. “Não há queda de temperatura e nem chuva significativa previstas para todo o Estado até lá”, ele diz.
O alerta é feito para a umidade relativa do ar. “Pode chegar a valores baixos de 20% ou extremamente baixos, como 10%”.
Chuva considerável não está prevista nas próximas duas semanas, segundo os modelos meteorológicos consultados por Natálio. A estiagem será ruim especialmente para a região norte do Estado, onde não chove “bem” há mais de dois meses. É possível que apenas as cidades do sul, região entre Amambai e Sete Quedas, registrem pancadas de chuva.
As temperaturas tendem a subir nos últimos dias deste mês de julho, afirma. Os termômetros podem marcar entre 32ºC e 33ºC em Campo Grande e até 35ºC em Três Lagoas e em Corumbá, município que enfrenta incêndios florestais desde o fim de maio.
“Uma massa de ar quente já está agindo em Mato Grosso do Sul, além de Goiás e São Paulo, por exemplo. Ela pode fazer este inverno registrar temperaturas acima da média histórica”, explica.
Poeira – Natálio avisa também para o “poeirão” que vem aí. Sem chuva e com rajadas de vento, esse pode ser o cenário.
Junto à umidade relativa do ar baixa, é outra previsão preocupante para a temporada. “Atenção, então, à saúde respiratória, principalmente a de crianças e idosos”, finaliza o meteorologista.
Este ano, o inverno termina às 8h44 (horário de Mato Grosso do Sul) de 22 de setembro.