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Suspeita de aplicar golpe ‘Boa Noite, Cindelera’ cursava técnico de enfermagem

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Foragida, Edilene Cristine Ajala teria acesso aos remédios para aplicar o crime, pois, realizava estágio na área

 

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) aponta que a mãe, Eliane Ajala, de 50 anos e a filha, Edilene Cristine Ajala, de 26 anos, que são consideradas foragidas da Justiça de Mato Grosso do Sul, teriam acesso a remédios para aplicar o golpe do “Boa Noite, Cinderela”, em Campo Grande.

De acordo com o delegado, Jackson Frederíco Vale, a Edilene estava cursando técnica de enfermagem e ainda realizava estágio na área. Desta maneira, as vítimas que nas ocasiões era homens, eles acabavam sendo dopados com bebidas ‘batizadas’ servidas pelas mulheres para, em seguida, serem roubadas.

Segundo a polícia, os alvos da associação criminosa foram homens na saída de baladas, bares e da Expogrande 2024. Em depoimentos, as vítimas relataram que eram abordadas por Eliane que apresentava a Edilene, a qual se dizia atraída por eles.

Com as vítimas incapacitadas e sem vontade própria, as mulheres obtinham as senhas de suas contas bancárias e realizavam transferências dos aplicativos instalados nos aparelhos celulares, bem como realizavam compras. Além disso, alguns dos homens foram atraídos para suas casas, de onde também foram subtraídos diversos bens como ares-condicionados, televisões, roupas e jóias.

Suspeita de aplicar golpe 'Boa Noite, Cindelera' cursava técnico de enfermagem
Delegado da Derf, Jackson Frederíco Vale durante a coletiva de imprensa para falar sobre a investigação (Foto: Marina Romualdo)

Até o momento, foram confirmadas três vítimas, sendo que uma delas teve prejuízo estimado em R$ 25 mil. A Derf identificou quatro pessoas ligadas ao golpe, sendo dois homens que seriam responsáveis pelo apoio logístico e lavagem do dinheiro obtido das contas das vítimas e duas mulheres responsáveis por atraírem as vítimas e aplicarem os golpes.

Em abril deste ano, um dos integrantes, homem de 28 anos, foi preso em flagrante por receptação, por comprar uma moto que havia sido furtada no dia 5 de abril em frente à UPA Tiradentes. A prisão ocorreu logo após ele utilizar o cartão de uma das vítimas, para pagar o conserto da motocicleta, em uma oficina no bairro Jardim Campo Alto. Pouco tempo depois, ele foi colocado em liberdade provisória.

Uma vez identificados os integrantes da associação criminosa, então, a DERF representou ao Poder Judiciário pela decretação das prisões preventivas, o que foi deferido integralmente pelo Juiz da 5ª Vara Criminal da Capital. Com os mandados de prisão em mãos, nesta quinta-feira (11), os policiais prenderam os dois suspeitos, que já respondem criminalmente por crimes de roubo majorado, receptação e outros.

Já as mulheres, mãe e filha, não foram encontradas e, até o momento, não se apresentaram à polícia, sendo então consideradas foragidas. Conforme as investigações, Eliane e Edilene foram formalmente reconhecidas pelas vítimas, bem como foram flagradas por câmeras de segurança de uma loja de roupas, enquanto faziam compras, via PIX, com o celular subtraído no golpe.

Além disso, foi constatado que Eliane transferiu mais de R$ 20 mil da conta de uma vítima para os dois comparsas, a fim de que eles realizassem repetidas transferências para a conta dela, o que caracteriza o crime de lavagem de dinheiro. Os quatro integrantes do grupo criminoso foram indiciados por associação criminosa e roubo majorado pelo concurso de pessoas, além de lavagem de dinheiro.

A DERF informa que está à disposição de eventuais outras vítimas que porventura reconheçam as mulheres suspeitas de aplicar o golpe. As informações sobre a localização das autoras poderão ser encaminhadas ao número (67) 99986-0295 (WhatsApp).

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