Especialista explica os diferentes tipos de flacidez na pele, de onde eles surgem e os principais tratamentos que existem atualmente
É comum a pele começar a apresentar flacidez após uma certa idade, já que a firmeza e o colágeno já não são mais os mesmos com o passar dos anos. Porém, muitas pessoas se incomodam ou têm medo de que a flacidez apareça e, por isso, recorrem a técnicas que prometem minimizar o problema.
Entretanto, podem surgir dúvidas de como combater a flacidez. Pensando nisso, o Dr. Felipe Ribeiro, dermatologista e pesquisador, esclarece a seguir algumas das principais dúvidas sobre esse assunto:
Quais são as principais causas da flacidez da pele?
As principais causas da flacidez da pele envolvem uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. O envelhecimento é a causa mais comum, pois, com o tempo, a produção de colágeno e elastina — essenciais para a elasticidade e firmeza da pele — diminuem naturalmente.
Além disso, a exposição prolongada ao sol pode acelerar esse processo ao danificar essas fibras essenciais da pele. Outros fatores incluem mudanças significativas de peso, que podem esticar a pele e dificultar seu retorno à forma original, bem como o hábito de fumar, que compromete a circulação sanguínea e a renovação celular.
Existem diferentes tipos de flacidez?
Sim. Basicamente, existem dois tipos principais: a flacidez muscular e a cutânea.
“A flacidez muscular é causada pela perda de tônus muscular subjacente, muitas vezes resultante de inatividade ou envelhecimento, que afeta a firmeza geral da área. Já a flacidez cutânea refere-se à perda de elasticidade diretamente na pele, devido à diminuição da produção de colágeno e elastina”, diferencia o Dr. Felipe.
E é possível que os dois tipos de flacidez ocorram juntos. Isso é mais comum nas áreas onde a pele é mais fina.
Em que pessoas e partes do corpo a flacidez é mais comum?
A flacidez da pele costuma começar a ser notada a partir dos 35 anos, pois é nessa idade que a produção de colágeno passa a diminuir gradualmente. Contudo, isso depende de diversos fatores. Pessoas que fumam, tiveram uma grande perda de peso ou se expõem muito ao sol podem sentir isso mais cedo.
É comum pensar que o problema afeta mais as mulheres, mas, de acordo com o médico, essa percepção é apenas por conta das normas e expectativas sociais mais fortes sobre elas.
Já em relação às áreas do corpo mais afetadas, costumam ser aquelas com pele mais fina ou submetida a estresse regular. É o caso do rosto, pescoço, braços, abdômen e coxas. O rosto e o pescoço, inclusive, costumam ser os primeiros a dar sinais.
Quais são os tratamentos mais eficazes para reduzir a flacidez da pele?
Entre os tratamentos mais eficazes para combater a flacidez da pele, encontram-se opções que vão desde procedimentos minimamente invasivos até abordagens mais intensivas.
São opções disponíveis hoje: radiofrequência, ultrassom microfocado, laser, microagulhamento, terapias tópicas, luz pulsada, fios de sustentação, peelings e bioestimuladores de colágeno.
“Cada uma é interessante em determinado cenário e a associação delas costuma ter efeito mais significativo”, diz o Dr. Felipe.
A flacidez da pele pode ser evitada?
Para prevenir a flacidez da pele, é preciso hidratação adequada, nutrição balanceada, atividade física regular e cuidados específicos com a pele.
“Beber bastante água diariamente e consumir alimentos ricos em proteínas, colágeno e antioxidantes são medidas fundamentais para manter a pele firme e saudável. E exercícios, especialmente a musculação, ajudam a construir massa magra, substituindo a gordura e mantendo o peso estável, evitando assim o efeito sanfona que pode danificar a elasticidade da pele” diz o médico.
Além disso, a proteção contra os raios UV, através do uso diário de protetor solar, e a aplicação regular de cremes com ativos voltados para a firmeza da pele, como retinóides e hidroxiácidos modernos, também auxiliam.