Semana sim, semana não, um debate sobre a relação não-monogâmica viraliza no Twitter, quer dizer, no X. A discussão é tão frequente que o público até brinca que faz parte da agenda fixa de pautas da rede social. O motivo é até bem óbvio: o assunto é polêmico e divide muito opiniões. Uns defendem que a monogamia é ultrapassada, outros juram que vão morrer monogâmicos. E assim o debate não acaba nunca.
Mas, afinal, o que é uma relação não-monogâmica? Bom, segundo o Dicio, dicionário online de português, o significado de monogamia é: “Modelo de relacionamento segundo o qual alguém só se envolve romanticamente com uma única pessoa”. Portanto, a não-monogamia é um modelo consensual de relação não exclusiva, afetiva e/ou sexualmente.
No entanto, as dúvidas sobre como funciona uma relação não-monogâmica são frequentes. A expressão é um termo guarda-chuva, que se refere a inúmeras maneiras de se relacionar. E, assim como na monogamia, tudo depende do acordo entre as pessoas que estão inseridas na relação.
Estar em uma relação não-monogâmica pode significar muitas coisas. Há, por exemplo, o relacionamento aberto, onde um casal tem o acordo de se relacionar com outras pessoas individualmente; o poliamor, em que há mais de duas pessoas que se relacionam entre si; e a poligamia, onde uma única pessoa tem dois ou mais parceiros.
Apesar de muitas pessoas acharem que tudo que foge da monogamia é muito diferente, uma relação não-monogâmica tem, na verdade, os mesmos princípios, afinal, tudo passa por um acordo entre as pessoas envolvidas, assim como em relacionamentos monogâmicos. Ou seja, da mesma forma que um casal monogâmico tem um acordo de estar exclusivamente um com outro de forma afetiva e sexual, quem está em uma relação não-monogâmica determina o que é válido ou não dentro daquela estrutura.
O que isso quer dizer? Que há relacionamentos não-monogâmicos em que as duas pessoas só podem ficar com terceiros quando seu parceiro está ok com isso, outros em que o casal fica com a mesma pessoa em conjunto. Também há alguns relacionamentos em que só se pode beijar outros indivíduos, mas não se envolver sexualmente, e há namoros com três ou mais companheiros, enfim, uma infinidade de possibilidades.
Outro ponto importante é que em todos esses cenários, é sempre consensual. Depende de todos estarem cientes do que está acontecendo, cumprir os combinados e respeitar os limites do outro, como em qualquer relacionamento.
Por último, vale ressaltar que querendo estar ou não dentro de uma relação não-monogâmica, o mais importante é respeitar como cada um escolhe se relacionar, pois só quem está em uma relação sabe o que funciona para si e para seu parceiro.