O Pronto Atendimento de Ginecologia e Obstetrícia funciona 24 horas por dia no Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados
Crianças e mulheres vítimas de violência sexual podem receber protocolo contra doenças sem boletim de ocorrência, no HU-UFGD (Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados) — a 221 quilômetros de Campo Grande.
Conhecida como a “Sala Lilás”, essa área oferece não apenas acolhimento, mas também serviços essenciais para o cuidado das vítimas, sem a necessidade de um boletim de ocorrência, no entanto, a vítima tem a opção de acionar a delegacia, se assim desejar.
O Pronto Atendimento de Ginecologia e Obstetrícia funciona 24 horas por dia, recebendo mulheres de todas as idades, homens trans e crianças do sexo masculino até 11 anos e 11 meses, nas primeiras 72 horas após o ocorrido.
Nesse período crítico, as vítimas têm acesso a exames, profilaxia para doenças sexualmente transmissíveis e anticoncepção de emergência.
Enfermeira da Unidade de Saúde da Mulher, Caroline Amaral Pereira, destaca que o atendimento é sensível e abrangente. “A vítima é acolhida pela enfermagem, e se for maior de idade, o ginecologista assume o cuidado. Se for menor, o pediatra entra em ação”, explica.
Além dos procedimentos médicos, há um suporte emocional oferecido por profissionais de psicologia e serviço social, especialmente durante o dia.
O encaminhamento dentro do município é feito pelo Serviço de Atendimento Especializado/Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) de Dourados. Após as 72 horas iniciais, o apoio continua nas Unidades Básicas de Saúde.
Esse modelo de atendimento coloca a vítima no centro do cuidado, oferecendo não apenas tratamento médico, mas também apoio emocional e opções de encaminhamento. O objetivo é garantir que cada pessoa que passe por uma situação tão traumática encontre o suporte necessário para se recuperar e reconstruir sua vida.