Nova sala promete ambiente de segurança, acolhimento e respeito
Inaugurado recentemente, o Espaço Lilás, instalado na UMMVE (Unidade Mista de Monitoramento Virtual Estadual), uma das unidades da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), é um refúgio para mulheres vítimas de violência doméstica em Campo Grande.
Com uma decoração que conduz à calma e serenidade, a sala promete um ambiente de segurança, acolhimento e respeito às mulheres que enfrentaram o trauma da violência doméstica e usam o ‘Botão do Pânico’, equipamento que serve como meio de proteção.
O espaço foi inspirado no Projeto ‘Sala Lilás’, da Polícia Civil, que também atende mulheres com o mesmo intuito. A proposta é que a “Polícia Penal é por elas”. Mas, por que a cor lilás? Segundo a cromoterapia, o lilás representa empoderamento feminino e proporciona um equilíbrio emocional, transmitindo um ambiente de paz para a mulher que, por muitas vezes, já está com algum trauma devido à violência.
No espaço, elas serão orientadas pelas assistentes sociais e chefia de segurança sobre o correto uso do Botão do Pânico, de suas funções e também sobre a importância de estar sempre com o aparelho em mãos, seja onde estiver. Mães de monitorados com tornozeleira eletrônica, que buscam orientações e apoio para enfrentar os desafios impostos pela situação, também serão atendidas.
“Aqui, elas não apenas recebem orientações sobre o uso correto do dispositivo de segurança, mas também encontram apoio emocional e solidariedade por meio de uma equipe técnica qualificada”, reforça o diretor da UMMVE, Maycon Roslen de Mello.
O diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini, destaca o compromisso da instituição em garantir a segurança e o bem-estar das vítimas. “Vamos continuar trabalhando para criar um mundo melhor para todas as mulheres”.
Mais de 20 mulheres são protegidas com Botão do Pânico em MS
Mato Grosso do Sul tem 206 homens agressores monitorados eletronicamente com tornozeleiras. Eles não podem adentrar áreas de exclusão estabelecidas pela Justiça, pois oferecem riscos às vítimas.
Além da tornozeleira eletrônica nos agressores, a Agepen disponibiliza UPRs (Unidades Portáteis de Rastreamento), conhecidas como ‘Botão do Pânico’, equipamento que protege 22 mulheres no Estado, conforme determinação da Justiça.
Segundo a Agepen, desde que esse serviço de monitoração eletrônica foi implantado no Estado, em 2017, nenhum caso de feminicídio foi registrado entre vítimas de monitorados ou mulheres que usam o Botão do Pânico.
O botão funciona como um sinal de alerta, pois caso o agressor se aproxime da vítima em locais neutros, como shoppings e espaços públicos, imediatamente a central de monitoramento é acionada. Além disso, a própria vítima pode acionar o equipamento se perceber a aproximação do agressor, apertando o botão do pânico de forma constante.
O aparelho é um cuidado a mais, já que ambos são monitorados, mas a agência ressalta que depende da pessoa assistida ter os cuidados devidos, como manter a bateria do equipamento carregada e levar sempre o dispositivo com ela.