Mulheres ganham 32% menos do que homens em Mato Grosso do Sul
Neste mês da mulher, estudo que analisou desigualdades em 26 capitais, com exceção a Brasília, apontou que em Campo Grande os homens e mulheres têm a maior diferença salarial. Ele foi publicado nesta terça-feira (26) pelo ICS (Instituto Cidades Sustentáveis).
O índice é calculado considerando que 1 é o valor de igualdade. Nenhuma das capitais o alcançou e a sul-mato-grossense apresentou a mais distante: 0,642. A que se posicionou melhor foi Macapá (AM), com 0,976.
Os dados utilizados para comparação são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referentes ao primeiro semestre do ano passado.
Confira outros resultados do mesmo estudo do ICS:
Em MS – Outra pesquisa, o 1º Relatório de Transparência Salarial produzido pelos Ministérios do Trabalho e Emprego e o das Mulheres, revelou que homens ganham 32,6% a mais que as mulheres em Mato Grosso do Sul. Ela foi divulgada ontem (25).
A diferença de remuneração varia de acordo com o grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença salta para 40,5%.
No recorte por raça, o relatório aponta que há um equilíbrio na presença de mulheres negras e mulheres não negras nas empresas pesquisadas, com registro de 35,8 mil e 37,7 mil, respectivamente. No entanto, as negras recebem 21,5% a menos que as não negras, em média. Já entre os homens negros e não negros, a diferença de remuneração média ficou em 12,3%.
No total, 580 empresas sul-mato-grossenses com cem ou mais funcionários responderam ao questionário que coletou os dados para o relatório. Juntas, elas empregam quase 200 mil pessoas.
As informações foram prestadas pelas empresas em atendimento à Lei nº 14.611, relacionada à Igualdade Salarial e Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens, sancionada em 2023.