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Operação contra a Dengue inspecionou 7,6 mil imóveis e eliminou mais de 300 focos do mosquito na região do Anhanduizinho

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Mais de 7,6 mil imóveis foram inspecionados e 300 focos do mosquito Aedes aegypti foram eliminados durante a primeira etapa da campanha “Meu Bairro Limpo – Todos em Ação contra a Dengue”, realizada na Região Urbana do Anhanduizinho. A ação intersetorial tem previsão de percorrer as sete regiões urbanas e distritos do município, ao longo dos próximos meses, em um esforço conjunto para combater o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Conforme balanço parcial da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), de 05 a 12 de março, foram inspecionados 7.635 imóveis, 5.031 materiais inservíveis, potenciais criadouros descartados e 322 focos do mosquito Aedes aegypti identificados e eliminados. A primeira etapa da campanha tem previsão para ser concluída na sexta-feira, dia 15.

Além das visitas domiciliares e inspeção de terrenos, foram disponibilizados dois pontos de descarte temporários para que os moradores possam fazer o despejo de materiais inservíveis, que serão posteriormente recolhidos. Na última semana, a Prefeitura lançou o site oficial da campanha onde estão sendo divulgados os endereços dos pontos de descarte, bem como orientações sobre quais materiais podem ou não ser despejados nesses locais. https://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/meubairrolimpo/.

O coordenador da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), Vagner Ricardo Santos, explica que nos pontos de descarte os moradores poderão deixar materiais de grande volume, como móveis inutilizados, carcaça de eletrodomésticos e eletrônicos, pneus e outros objetos que possam acumular água. Não é permitido o descarte de entulhos, restos de materiais de construção e podas de árvores.

“O objetivo é oportunizar que o morador faça o descarte adequado destes tipos de materiais, que muitas vezes estão armazenados no fundo do quintal, sendo passível de acumular água e servir de criadouro para o mosquito”, disse o coordenador do CCEV. O recolhimento dos materiais conta com o apoio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep).

Morador do Aero Rancho há 30 anos, o comerciante Paulo Sérgio Garcia de Almeida, elogiou o trabalho realizado pela Prefeitura e reforçou a importância da população colaborar no combate ao mosquito Aedes aegypti. “É muito importante isso que a Prefeitura está fazendo. Porque muitas vezes não temos onde jogar estes materiais, que acabam se acumulando em casa. Mas também não adianta nada a Prefeitura fazer esse trabalho e a população não ajudar. É preciso que todos tenham consciência de descartar o lixo da maneira correta e evitar deixar água parada no quintal”, disse.

Ações permanentes

Desde novembro, a Sesau tem aplicado rigorosamente as ações delineadas no Plano de Contingência Municipal para Arboviroses, que visa a mitigação de uma potencial epidemia dessas doenças até o ano de 2025.

O plano, detalhado em diretrizes publicadas recentemente, estabelece uma série de metas e estratégias, abrangendo desde a prevenção e controle do vetor até a organização do fluxo de assistência aos afetados. Essas medidas se espalham por toda a capital, incluindo as sete regiões urbanas, distritos e áreas rurais, e são acompanhadas por iniciativas educacionais para informar a população sobre como evitar a proliferação do mosquito.

Ações educativas têm sido implementadas não só na comunidade, por meio de mobilizações sociais, mas também nas unidades de saúde e escolas, sobretudo durante o período letivo, como forma de ampliar o alcance das medidas preventivas.

De 01 de janeiro a 12 de março, Campo Grande registrou 3.677 casos de dengue. No mesmo período, não foram reportados casos de zika, e a chikungunya foi confirmada em apenas cinco ocorrências. Esses números seguem após um ano preocupante, em que, ao longo de 2023, foram notificados 17.033 casos de dengue, resultando em seis óbitos. Além disso, foram registrados 92 casos de zika e 176 de chikungunya durante o mesmo ano.

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