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Chefe de clã do tráfico ligado a “doleiro dos doleiros” é preso na fronteira

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Antonio Joaquim da Mota, o “Tonho”, é pai de “Dom”, líder de grupo de mercenários que segue foragido

 

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (20), em Ponta Porã, na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, o pecuarista brasileiro Antônio Joaquim da Mota, o “Tonho”, apontado como chefe de um dos principais cartéis de drogas na linha internacional.

Recolhido por força de mandado de prisão preventiva, “Tonho” foi levado para a delegacia da PF em Ponta Porã. Para inibir qualquer tentativa de resgate, a segurança em frente à delegacia foi reforçada por equipes da Força Nacional. No início da tarde, Mota foi transferido de helicóptero para o presídio federal em Campo Grande. Detalhes da prisão ainda não foram revelados.

Viaturas da Força Nacional em frente à delegacia da PF, nesta terça (Foto: Tião Prado)

 

Antonio Joaquim da Mota é pai de Antonio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota, o “Dom” ou “Motinha”, atualmente foragido e incluído na difusão vermelha da Interpol (polícia internacional).

No dia 30 de junho do ano passado, Motinha foi alvo da Operação Magnus Dominus, deflagrada pela PF para desmantelar o grupo de mercenários que garantia a segurança do “Mota filho”.

Entre o grupo estavam paramilitares estrangeiros e até um policial militar lotado no DOF (Departamento de Operações de Fronteira). Avisado com antecedência que seria preso, Motinha fugiu de helicóptero e até agora não foi capturado.

“Tonho” não foi alvo naquela operação, mas vem sendo investigado há anos por envolvimento com o crime organizado. Empresário e poderoso criador de gado na fronteira, Antonio Joaquim da Mota mantinha ligações com Dario Messer, considerado o “doleiro dos doleiros”, um dos presos no âmbito da Operação Lava Jato.

Em 2019, “Mota pai” foi preso no âmbito da Operação Patrón, junto com o filho e a esposa Cecy Mendes Gonçalves da Mota, todos acusados de lavagem de dinheiro em investigação desmembrada da Operação Lava Jato.

Um ano depois, a mansão da família foi novamente alvo de buscas, no âmbito da Operação Hélix, acusado de tráfico internacional de cocaína transportada em helicópteros.

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