Estado tem 619 casos confirmados da doença neste ano e uma morte em investigação
Novos números do painel de monitoramento da dengue atualizado na noite desta segunda-feira (12) pelo Ministério da Saúde revelam que Mato Grosso do Sul tem 2.686 mil casos da doença desde o início do ano. Em relação ao último boletim estadual que contabilizava casos até 6 de fevereiro, são 318 novos casos confirmados da doença no intervalo de 6 dias.
Mato Grosso do Sul permanece com uma morte em investigação, registrada na última semana de janeiro. O painel de monitoramento da dengue mostra que o índice de incidência da doença está em 97,4, número superior ao 74,7 registrado no boletim estadual da semana passada.
Mulheres são as mais infectadas
Além dos números, o painel nacional também detalha o perfil das pessoas que podem estar com dengue. As estatísticas mostram que 53,4% de quem está com dengue no Estado é mulher. Os homens representam 46,6% dos infectados.
A pirâmide da faixa etária detalha que pessoas com idade entre 30 a 39 anos compõem a fatia daqueles que mais têm casos confirmados da doença. Vale lembrar, no entanto, que a taxa de cura da dengue é de 99,81% no Estado.
Vacinação é exclusiva para crianças
A campanha de vacinação contra a doença está exclusiva para crianças de 10 a 11 anos em razão da doença ser mais agressiva para crianças desta faixa etária. A expectativa é que conforme mais doses do imunizantes cheguem ao Estado, as faixas etárias sejam ampliadas.
A vacinação começou no domingo (11) após a chegada de 69 mil doses da vacina Qdenga no Estado.
O mutirão de vacinação contra a dengue segue nesta terça-feira (13) em Campo Grande. A cidade recebeu 24.639 doses da vacina Qdenga para imunizar crianças de 10 e 11 anos.
Duas unidades atendem das 7h às 17h, a USF (Unidade de Saúde da Família) Universitário e UBS (Unidade Básica de Saúde) Coronel Antonino.
80% dos focos da dengue estão nas casas
De acordo com a SES (Secretaria Estadual de Saúde), 80% dos focos estão dentro das residências e a população precisa ficar atenta para eliminar a fonte do vetor das doenças.
O ciclo de reprodução do mosquito é rápido, de aproximadamente oito dias. A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil realizou uma reunião em 7 de fevereiro com representantes dos órgãos estaduais e instituições parceiras. No encontro, foi tratado sobre o estado de alerta em saúde pública e a necessidade de visita às residências para garantir a eliminação dos criadouros.
“Em primeiro lugar nós precisamos informar a população que mais de 80% dos focos positivos estão nas residências. Caixa d’água, calhas, latinhas, lixo doméstico, oriento para que não deixando nenhum lugar com água acumulada. É muito importante que neste momento os moradores compreendam a necessidade e mantenham a casa livre de mosquito. Vamos eliminar toda a água parada, assim estaremos eliminando o mosquito e evitando a doença”, explicou o coordenador estadual de controle de vetores da SES, Mauro Lúcio Rosário.