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‘Eu vou te matar’, disse suspeito de espancar esposa antes de ser morto pelo Choque

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A mãe da vítima gritava dizendo que a filha estava correndo risco de vida e pedia para salvá-la

 

“Eu vou te matar”, disse Jean Carlos Silva, de 31 anos, para a esposa de 28 anos, antes de ser morto na madrugada desta quinta-feira (30) durante um confronto com a equipe do Batalhão de Choque da Polícia Militar, no bairro Jardim Canguru, em Campo Grande. O suspeito estava espancando e ameaçando a esposa de morte dentro do apartamento.

No local, a mãe da vítima gritava dizendo que a filha estava correndo sério risco de vida e pediu para salvá-la. A mesma relatou que o suspeito faz o uso de entorpecente com frequência e que é corriqueiro as ameaças de morte e, brigas entre o casal. Além disso, a vizinha do casal, também informou que as brigas entre o casal e ameaças por parte de Jean são constantes. No entanto, o autor estaria mais agressivo do que o normal.

Em um vídeo, é possível escutar a vítima dizendo “solta o meu braço, vai quebrar o meu pulso”. A mulher estava dentro do apartamento em um dos quartos juntamente com três crianças.

Os policiais escutaram uma discussão vindo de dentro da residência e o suspeito gritando que iria matá-la. Em seguida, a equipe entrou no apartamento arrombando a porta e o homem foi visto completamente perturbado como se estivesse usado algum tipo de entorpecente, sendo assim, não foi possível nenhum diálogo com Jean, já que ele gritava que não sairia ninguém vivo e, que não voltaria para prisão.

Desta forma, o suspeito pegou uma serra e começou a cortar a tela de proteção da janela dizendo que ia pular e, a vítima, percebendo que ele poderia praticar alguma ação, saiu do quarto para tentar evitar. Com isso, o comandante do Choque tirou atenção do suspeito que se aproveitou da situação e se apossou da arma pistola Beretta APX. Eles entraram em luta corporal, momento em que o autor conseguiu tomar posse da arma, quebrando inclusive a trava do coldre, apontando para os policiais.

Sendo assim, foi necessário revidar a injusta agressão com disparos de arma de fogo portátil Carabinal, sendo efetuado disparos contra o autor, que mesmo em solo ainda apresentava resistência empunhando a pistola, sendo necessário mais um disparo para contê-lo e desarmá-lo. A equipe percebeu que o homem apresentava sinais vitais e realizou o socorro até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Universitário e óbito foi constatado.

No local, havia vários sinais de móveis quebrados, marcas de sangue, serra e faca que usou para ameaçar. Depois do ocorrido, a vítima foi socorrida no local pela equipe do Corpo de Bombeiros e encaminhada para atendimento médico com um corte no pé direito e escoriações na mão esquerda decorrente das vias de fato que teve com o suspeito.

Diante disso, a Polícia Civil e a Perícia foram acionadas para realizar os procedimentos de praxe, recolhendo os objetos e armamentos envolvidos na ocorrência – sendo uma faca e uma serra utilizadas na resistência e levados para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Cepol.

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