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Aluno é expulso de academia fechada no Nova Lima e se revolta: ‘dono diz que eu denunciei’

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Empresário alega que ex-cliente denigre imagem do local e estava inadimplente

 

Fernando dos Santos, 38 anos e a esposa, Cássia Nunes, 45 anos, denunciam que estão proibidos de frequentar uma rede de academias em Campo Grande, desde a segunda-feira (27). A proibição seria ordem do dono, que alega que foi o cliente que denunciou o local para a fiscalização.

Conforme mostrado na sexta-feira (24), ação do Conselho Regional de Educação Física da 11ª Região (CREF11-MS) interditou a unidade da Rua Jerônimo de Albuquerque, por não haver profissional de educação física no espaço.

Na segunda-feira, Fernando foi pagar a mensalidade e ouviu da recepcionista que o local seria fechado pelo dono em razão dos prejuízos da multa. Ele então foi até outra unidade em um shopping próximo e lá teve uma surpresa.

”Me disseram: ‘foi você que denunciou lá [Nova Lima] e ele [dono] não quer mais que você treine, que você pague”, detalhou Fernando. Ele se indignou pelo fato da esposa também ter sido proibida de treinar.

”A gente ficou bem constrangido porque tinha bastante gente lá”, desabafou Santos. Ele explicou que o proprietário tem o contato dele e poderia ter conversado antes.

”E o que ele tinha de punir a minha esposa também, só pelo fato dela ser minha esposa?”, questionou o ex-aluno, que pensa em acionar a Justiça.

Críticas

Fernando reconhece que fazia críticas à unidade do Nova Lima diretamente para o empresário. Ele cobrava manutenção do local e a ventilação. Santos admite que, quando questionado pelos fiscais sobre a presença de um educador físico, revelou que não havia há uns três meses.

”… isso aí eu falei mesmo, na frente de todo mundo lá, mas eles [dono] alegaram que eu fui para um cantinho conversar com os agentes”, relatou Fernando. Ele nega que tenha reclamado reservadamente para os fiscais.

Outro lado

O responsável pela Positivamente Academias, de 42 anos e que não quis expor o nome, informou que baniu o então aluno em razão de mau comportamento e que isso está previsto em contrato.

”Estava fazendo motim interno… denegrindo a imagem da empresa, desdenhando de colaboradores, diminuindo a equipe”, detalhou. Ele informou que não excluiu a esposa de Fernando, a quem ele diz desconhecer.

Além disso, o responsável disse que a expulsão se deu também pela inadimplência do cliente, cuja mensalidade venceu dia 18 de Novembro. O empresário destacou que abriu boletim de ocorrência.

Fechamento

O empresário nega que a empresa tenha sido fechada ou multada. Ele detalha que o local parou de funcionar até a hora que o educador físico chegou ao local e com atestado médico.

”Está funcionando normalmente, sem problemas e com dois profissionais habilitados”, garantiu o responsável. ”Foi identificado atraso e não ausência”.

Fernando reconheceu que treinou alguns dias sem o pagamento da mensalidade, mas disse que a catraca estava liberada e esse foi um dos motivos dele reclamar com o dono.

”Ninguém tem costume de marcar no celular o dia que tem de pagar… a gente lembra quando a funcionária avisa”, disse o ex-aluno.

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