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Despejo de famílias da favela Esperança é adiado após acordo

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Defensoria entrou com pedido para impedir que moradores fossem expulsos de área ocupada

 

O despejo de 16 famílias na comunidade Esperança, favela localizada na região do Dom Antônio Barbosa, entre as saídas para São Paulo e Sidrolândia, zona sul de Campo Grande, foi suspenso. A decisão aconteceu após pedido extrajudicial feito pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul. Moradores receberam notificações na semana passada para que saíssem da área ocupada de maneira irregular.

No documento, aqueles que se negassem a sair estavam sob o risco de terem as casas demolidas no prazo de cinco dias. De acordo com a defensora Regina Célia, o pedido foi feito ainda na semana passada e a Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) esteve no local fazendo cadastro da população e selando os barracos para evitar novos ocupantes.

Segundo moradores, nas semanas anteriores, fiscais do município estiveram no local e demoliram algumas casas. Na última segunda-feira (20), Ariane Gomes Patrocínio, de 28 anos, que é manicure e mora com marido e a filha há três anos no local disse que eles resistiram à ordem de saída.

 

Fiscais foram a área pública onde famílias sem-teto construíram barracos e revelam não ter para onde ir (Fotos: Paulo Francis)

Ariane conta que recebe R$ 600 de Bolsa Família e de Vale-Renda são R$ 900; o marido faz diárias na construção civil. Segundo ela, o que eles têm de orçamento não é suficiente para pagar moradia, contas de água e luz e comprar alimentação.

“Se eles derrubarem tudo, a gente vai ficar na rua. O dinheiro que a gente ganha não dá para pagar aluguel, água, luz e comida.”

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