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Redação do Enem aborda a invisibilidade do cuidado realizado por mulheres no Brasil

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Em Mato Grosso do Sul, mais de 47 mil estudantes encaram as provas do Enem neste domingo (5)

 

“Desafios no enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pelas mulheres no Brasil”, foi o tema escolhido para a redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2023. A informação foi divulgada neste domingo (5), pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).

Neste primeiro dia de provas, mais de 3,9 milhões de candidatos realizam a redação e respondem às questões de linguagens e códigos e de ciências humanas. Em Mato Grosso do Sul, 47,4 mil estudantes encaram as provas do Enem e dão o primeiro grande passo para ingressar no Ensino Superior.

A prova começou às 12h30 e tem o horário de término às 18h (horário de Mato Grosso do Sul).

A prova de redação requer a produção de um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, abordando um tema de ordem social, científica, cultural ou política. O candidato deve defender um ponto de vista apoiado em argumentos consistentes, estruturados com coerência e coesão, formando uma unidade textual.

Além disso, os candidatos devem elaborar uma proposta de intervenção social para o problema apresentado no desenvolvimento do texto, respeitando os direitos humanos.

Na hora de escrever a redação, é importante prestar atenção às cinco competências exigidas:

  • Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa;
  • Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, nos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa;
  • Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
  • Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação;
  • Elaborar uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

 

Conforme o Inep, entre os critérios que podem zerar a redação de um candidato estão a fuga ao tema, um texto com até sete linhas, trechos deliberadamente desconectados do tema, desobediência à estrutura dissertativo-argumentativa e desrespeito à seriedade do exame.

Primeiro dia de provas em Mato Grosso do Sul

Portões abertos na Uniderp para o Enem (Henrique Arakaki)

 

Em Mato Grosso do Sul, 47,4 mil estudantes enfrentam as provas do Enem, dando o primeiro passo em direção ao Ensino Superior. Segundo o MEC (Ministério da Educação), o exame é aplicado em 41 municípios do Estado, com um total de 114 locais de prova e 1.629 salas de aplicação.

Apesar da habitual agitação, em 2023 tudo correu bem, e a maioria dos candidatos conseguiu chegar a tempo antes do fechamento dos portões em Campo Grande. No entanto, o fuso-horário de Mato Grosso do Sul pegou alguns candidatos de surpresa, pois eles se basearam no horário de Brasília e acabaram chegando após o fechamento dos portões às 12h.

Entre os ‘atrasados do Enem’ está Pedro Henrique Sebastião Serra, de 18 anos, o candidato buscava pontuação no exame no caso de mudar de Estado, pois o pai é militar e pode ser transferido. “Faço farmácia já e iria tentar para cursar outro curso, mas está tudo bem, acontece…”, disse.

Para aqueles que aproveitaram o domingo para passear pelo centro da cidade, a experiência foi frustrante devido ao grande tráfego de veículos nas ruas. Na Avenida Ceará, em frente à Uniderp, uma longa fila de veículos se formou para deixar os alunos no local de prova. Apesar do tráfego lento, não houve interdições ou congestionamentos.

 

Selena com o braço enfaixado (Henrique Arakaki)

 

Outro aspecto observado neste primeiro dia de provas foi a falta de acessibilidade para os candidatos que necessitavam de atendimento especial em Campo Grande. Devido à ausência de um transcritor, Selena Raquel Alonso Stagliana não pôde fazer a prova na Uniderp. A adolescente de 17 anos é vítima de um grave acidente de trânsito na BR-497, em Paranaíba, no qual perdeu seus avós.

Selena conta que chegou ao local de provas às 11h20 e foi até a administração encarregada do exame. No entanto, foi informada da falta de um auxiliar de transcrição, um serviço especial para estudantes que não conseguem escrever a redação ou preencher o cartão-resposta.

Desapontada, sua alternativa é prestar o exame em Dezembro, juntamente com os candidatos que foram ao local de prova, mas foram prejudicados de alguma forma.

Nos locais de provas, equipes de universidades privadas também acompanham o movimento divulgando os cursos disponíveis, passando orientações sobre a vida acadêmica. Além disso, centenas de ambulantes aproveitaram a data para fazer uma renda extra com a venda de canetas e lanches.

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