Os quatro responsáveis pela morte de Jackson Ribeiro Sampaio responderão em liberdade
Robson Honorio Mendonça da Silva, Róger Mendonça da Silva, Jean Carlos Lima de Almeida e Fabrício Guimarães Neto, responsáveis pela execução de Jackson Ribeiro Sampaio, ocorrida em 2017, foram condenados a mais de 44 anos de prisão se somadas as penas. O grupo foi julgado nessa terça-feira (25) no Tribunal do Júri, em Três Lagoas.
O julgamento, proferido pelo Juiz Presidente da 1ª Vara Criminal, Dr. Rodrigo Pedrini Marcos, durou quase 10 horas. Robson e Roger foram condenados por homicídio simples, mediante lesão corporal. Robson cumprirá 5 anos e cinco meses em regime aberto, enquanto Roger deverá cumprir pena de 6 anos e quatro meses, também no regime aberto.
Fabrício Guimarães Neto foi condenado a mais de 15 anos, pelos crimes de homicídio e por integrar organização criminosa armada. Jean Carlos Lima de Almeida teve sua pena aferida em 18 anos de prisão, sendo 14 anos referentes aos crimes de homicídio simples e também por integrar um grupo criminoso.
Os réus Robson e Roger foram condenados pelo crime de lesão corporal seguida de morte e poderão cumprir a pena e recorrem em liberdade.
De acordo com o juiz, Jean Carlos e Fabrício foram condenados pela materialidade acusatória e acabaram tendo suas condenações por homicídio e integrar facção criminosa. Eles poderão recorrer nas instâncias superiores. Desta forma, as condenações do grupo totalizam 44 anos e 9 meses de prisão.
O crime
Jackson era conhecido como “cara de rato” e autor de furtos de baterias de caminhões para custear o vício em drogas. Na época, ele tinha 23 anos e foi vítima de tortura e execução a tiros. O corpo dele foi encontrado em uma estrada vicinal, próximo ao porto de areia Nossa Senhora Aparecida, na zona rural de Três Lagoas.
A vítima residia na região do bairro Guanabara e devia dinheiro decorrente da aquisição de entorpecentes a Fabrício. Jackson começou a ser cobrado pela dívida de entorpecentes, e por isso passou a cometer crimes contra o patrimônio, incluindo o roubo de uma bateria de um estabelecimento comercial.
Após cometer o furto no seu estabelecimento comercial, um empresário procurou o integrante do PCC responsável pela disciplina para identificar o autor e recuperar o objeto roubado. Foi quando Robson e Róger acionaram os integrantes da organização no bairro Guanabara e identificaram Jackson como autor do furto da bateria.
Então, a vítima foi capturada e levada até o estabelecimento comercial, local em que permaneceu sob o domínio do grupo, sendo torturada com agressões físicas. Depois disso, Jackson foi levado até a área rural de Três Lagoas, onde foi executado a tiros.
O grupo foi preso em 2019 durante a megaoperação “Quinto Mandamento”, deflagrada pela Polícia Civil, com apoio do Garras, Polícia Militar, além de cinco aeronaves.