O total de premiações distribuídas será de quase R$ 120 mil, de acordo com a SED
Na tarde desta sexta-feira (22), o Governo Estadual, por meio da SED (Secretaria Estadual de Educação), lançou o Programa “MS+ECO”, uma iniciativa voltada para a conscientização ambiental nas escolas do estado. O objetivo principal do programa é sensibilizar os educadores, estudantes, e seus pais ou responsáveis por meio de ações de educação ambiental.
O evento lançamento do programa ocorreu na Arena do Parque das Nações Indígenas e contou com a participação de estudantes, gestores escolares e entidades ligadas ao meio ambiente.
O programa é resultado de uma parceria com a Suzano Papel e Celulose, e se destaca pela iniciativa de premiar escolas com práticas mais sustentáveis. As instituições que se destacarem receberão um Selo denominado “MS+ECO” e premiações em dinheiro de acordo com suas atividades e pontuações.
O total de premiações distribuídas será de quase R$ 120 mil, sendo que as dez primeiras colocadas receberão prêmios em quatro categorias diferentes, incluindo prêmios “bônus” para atividades inovadoras. A escola que alcançar a primeira colocação receberá um prêmio de R$ 20 mil.
Todas escolas irão ofertar educação ambiental. O selo de sustentabilidade será para toda escola que apresentar algum projeto. Estamos procurando mais formas de premiar as escolas, além do dinheiro. Seja com selo, menções honrosas. Até mesmo a menor iniciativa merece ser considerada”, explica o secretário estadual de Educação, Hélio Daher.
Hélio também destacou que a previsão é de que a premiação ocorra no segundo semestre de 2024, permitindo um período para obtenção de resultados e apresentação das ações realizadas pelas escolas. “A gente também que ver inovações. Toda ação precisa ser uma novidade e precisa impactar a comunidade ainda mais”.
Sensibilização – De acordo com Hélio Daher, a iniciativa busca não apenas conscientizar os estudantes, mas transformá-los em defensores do meio ambiente em suas próprias casas. “A ideia é transformar essa criança no fiscal da casa. Que quando ela olhe que a família não separou o lixo, que a família está desperdiçando água e que deveria evitar jogar no lixo no chão. Essa criança irá virar o fiscal do meio ambiente, na própria casa”, explica.
Durante o evento, o secretário estadual também destacou a importância de implantar o conceito de sustentabilidade nas escolas. “Isso envolve uma série de ações que vão desde o tratamento do lixo até o a necessidade de olhar a importância de cada estudante para sua comunidade”, comenta Hélio.
Hélio aponta que a ideia é trabalhar pela sensibilização dos estudantes que irão participar das ações educativas. “Eu acredito que a gente precise trabalhar com a sensibilização, porque a consciência todo mundo já tem, na minha visão. O aluno que joga a latinha no chão sabe que está errado. Só que ele não é sensível para isso, então precisa ser sensibilizado”.
Educação ambiental – Atualmente, a educação ambiental é trabalhada por meio do componente curricular “Projeto de Vida. Entretanto, Daher mencionou que a proposta é ampliar o tema de forma interdisciplinar.
“Isso é explorado no projeto de vida, mas também deve ser explorado em outros componentes curriculares, será interdisciplinar. Temos um núcleo de educação ambiental que orienta as escolas a realizarem ações. Não é algo solto, as ações são orientadas, para que seja feita de forma ordenada nas escolas”, explica Hélio.
De acordo com o educador ambiental da SED, Douglas Henrique Melo Alencar, a secretaria será responsável pela parte de divulgação do programa, formações continuadas, criações de materiais didáticos. “A secretaria está promovendo uma formação continuada com três módulos, que vão desde os conceitos iniciais de educação ambiental até os conceitos finais. Mas esperamos que professores não parem neles. Queremos que continuem ecoando esses conceitos dentro das suas unidades escolares’.
Projetos em funcionamento – Em MS, algumas escolas já têm implementado projetos educativos e sustentáveis. Uma delas é a Escola Estadual Padre Franco Delpiano, que trabalha com projeto “Lixo Zero”.
A estudante Ana Carolina, de 13 anos, afirma que teve o primeiro contato com o projeto no primeiro dia de aula. “Com o Lixo Zero eu aprendi que você pode reutilizar 100% do seu lixo. Então existem lugares certinhos para fazer o descarte de plástico laminado, plástico pet. Até para as cascas de lápis existe um lugar certo para descartar”.
Ana explica que também tentou implantar em casa as coisas que aprendeu na escola. “Em casa a gente tenta separar o lixo e tenta reutilizar a água também, porque temos um projeto dentro da escola, que ensina a reutilização de água”.