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Medida que proíbe cardápio exclusivamente digital surpreende comerciantes em Campo Grande

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Estabelecimentos precisam ter cardápio físico desde esta quinta-feira (21) em todo o Estado

Com a proibição dos cardápios exclusivamente digitais oficializada no Estado, estabelecimentos foram pegos de surpresa e tiveram que se adequar de última hora em Campo Grande. A lei aprovada pelos deputados e promulgada em publicação no Diário Oficial começou a valer a partir desta quinta-feira (21).

Com a nova medida, bares, restaurantes, lanchonetes, hotéis, motéis e estabelecimentos similares que comercializem bebidas, refeições ou lanches, serão obrigados a disponibilizar também o cardápio físico, e não apenas o digital.

O cardápio digital disponibilizado a partir de um QR Code geralmente impresso nas mesas dos restaurantes se popularizou durante a pandemia, quando o manuseio de cardápios impressos deu lugar ao digital para diminuir possibilidade de contágio do vírus da covid-19.

Mas a medida se popularizou e muitos estabelecimentos mantiveram o cardápio apenas digital, também como uma forma de economizar na impressão do item físico.

O gerente de um bar e restaurante localizado na Avenida Afonso Pena, Humberto Vinco de Oliveira, 45 anos, afirma que o estabelecimento não estava preparado para essa medida, e só contava com o cardápio digital, mas logo quando soube, já providenciou o cardápio físico.

 

Cafeteria oferece cardápio físico e digital. (Henrique Arakaki)

 

“Fomos pegos de surpresa porque eu não sabia. Os clientes aqui usam mais o digital, nunca ninguém questionou. Mas já está na gráfica para imprimir e amanhã mesmo estará disponível”, explica.

Outros estabelecimentos, entretanto, já disponibilizavam os dois tipos de cardápios, não sendo necessário adequação. A gerente de uma cafeteria no Centro, Zuleide Sandim, 49 anos, afirma que o estabelecimento sempre ofereceu as duas opções porque alguns clientes preferem o tradicional cardápio físico.

“Já trabalhei em locais que só tinha o digital e as pessoas mais idosas não se adaptaram a ele. Aqui nós temos os dois cardápios, a gente que precisa se adaptar ao cliente”, explica.

A administradora de outro restaurante, Kely Freitas, 36 anos, foi quem introduziu o cardápio digital no estabelecimento, mas sem deixar de oferecer o físico. Com essa prática, o local pretende atender todos os públicos, jovens e mais idosos.

“Eu acho que o cardápio digital é uma tecnologia válida, e a gente tem inclusive o cardápio QR Code, mas também o cardápio físico. A gente quer abraçar todo nosso público, tanto pai, filho, avô, vão ter as duas opções”, explica.

 

Kely Freitas diz que o restaurante oferece as duas opções de cardápio. (Henrique Arakaki)

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