A deputada federal Rose Modesto, ainda no PSDB, deve anunciar até 10 de fevereiro sua candidatura ao Governo de Mato Grosso do Sul pelo União Brasil, partido nascido da fusão entre o DEM e o PSL.
Interlocutores da parlamentar garantem que Rose deve deixar o ninho tucano, que tem como principal liderança o governador Reinaldo Azambuja, aproveitando a janela partidária, que vai de 3 de março a 1º de abril.
A janela de migração partidária, dentro da qual, até esta data, considera-se justa causa a mudança de partido por detentores de cargos de deputado federal e estadual para concorrer às eleições majoritárias ou proporcionais.
O anúncio sobre a candidatura da deputada foi feito em outubro do ano passado pela senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), que deve assumir o comando da nova sigla em MS, alegando que o nome de Rose é o mais cotado para disputar o cargo pelo União Brasil nas eleições de 2 de outubro.
A deputada sempre se considerou uma das opções do PSDB para disputar à sucessão de Azambuja, cuja preferência é pelo nome do secretário de Infraestrutura e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel.
Com a possível candidatura própria em Mato Grosso do Sul, o novo grupo político deve enfrentar potenciais candidatos nas próximas eleições, como Eduardo Riedel, os ex-governadores André Puccinelli (MDB) e Zeca do PT e o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD).
Antes de decidir se abrigar no União Brasil, Rose foi assediada pela cúpula do Podemos, que tem como pré-candidato à Presidência da República o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Nas últimas eleições, Rose, que à época era vice-governadora do Estado, foi a campeã de votos entre os oito deputados federais eleitos por Mato Grosso do Sul, tendo recebido quase 120 mil votos.