Cabeleireiro voluntário que tecia os itens morreu no final do ano passado
Quem olha a perfeição que são as perucas ofertadas às pacientes oncológicas do Hospital de Câncer Alfredo Abrãao, em Campo Grande, não faz ideia da via-sacra enfrentada pela Rede Feminina de Combate ao Câncer para encontrar alguém que as confeccione.
Do fim de 2022 para cá, perucas doadas estavam estocadas (Foto Ricardo Wolffenbüttel)
Atualmente, a equipe trabalha com itens estocados, já que no final do ano passado, Pedro, cabeleireiro voluntário que tecia as madeixas artesanalmente e com muita maestria, partiu deste plano justamente após enfrentar um câncer.
“Ele foi nosso voluntário por anos e fazia um trabalho impecável. Infelizmente faleceu no final do ano e de lá para cá não encontramos ninguém que confeccione as perucas com cabelos humanos vindos das doações”, explica a presidente rede, Idelice Souza Marinho.
E o problema não está no fato de ser um trabalho voluntário, ou seja, sem remuneração. Nem mesmo mão de obra paga a rede está encontrando. “Existem pessoas que querem fazer esse trabalho, mas para isso alguém precisa ensinar”.
Portanto, a busca segue. Caso haja interesse em ajudar, as inscrições para ser um voluntário ou para efetuar doações de roupas para o brechó da unidade, cabelo para confecção das perucas, entre neste link.