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Juros baixos vão ajudar turismo a ser aliado do meio ambiente, diz ministro

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Empréstimo de fundo federal para empresários do setor terá 8% de juros e carência de até cinco anos

 

Ministro do Turismo há menos de um mês, Celso Sabino levou o MTur Itinerante para Campo Grande nesta segunda-feira (28). A iniciativa consiste em percorrer Estados para apresentar linha de financiamento federal e suas condições atrativas a empresários do setor.

Será de até 8%, podendo ficar em 6%, a taxa anual para empréstimos obtidos junto ao Fungetur (Fundo Geral de Turismo), anunciou Sabino. Há possibilidade de os empresários começarem a pagar parcelas dentro de até cinco anos a partir da contratação.

“O objetivo aqui é implementarmos uma infraestrutura turística no setor privado, que seja adequada ao que nós queremos para o desenvolvimento do trímero no Mato Grosso do Sul. Entendemos que Bonito e Pantanal são apenas alguns exemplos do turismo que nós podemos e vamos [incentivar] em Mato Grosso do Sul, para alavancar a economia, desenvolver o Estado, gerar emprego e produzir renda para o cidadão sul-mato-grossense”, disse ao chegar no Bioparque Pantanal, onde houve a apresentação.

Evento foi acompanhado por parlamentares de Brasília e pela superintendente do Sudeco, Rose Modesto (Foto: Marcos Maluf)

O ministro, que vestia uma camiseta com bordado do Pantanal sul-mato-grossense, defendeu que os recursos destinados ao turismo no bioma sejam vistos como aliados da preservação do meio ambiente. “A partir do momento que você apresenta uma alternativa para o desenvolvimento do Estado, o desenvolvimento econômico, geração de renda e a sustentabilidade desse cidadão sul-mato-grossense que vive nessas regiões, você pode explorar o turismo com a preservação do meio ambiente”, disse.

O próprio Ministério do Turismo e o do Meio Ambiente estudam maneiras de explorar o ecoturismo sustentável, disse ainda Sabino. “Nós estamos desenvolvendo, inclusive em parceria o Ministério do Meio Ambiente, formas de explorar o turismo com veículos, meios de transporte que utilizem energia renovável, energia que não é à base de combustão e também com habitações, com leitos de hotéis e pousadas que utilizem energia solar, que tenham tratamento adequado dos seus resíduos sólidos, dos seus resíduos líquidos. O mundo quer ver isso”, detalhou.

Presente no evento, o diretor-presidente da Fundtur (Fundação Estadual do Turismo de Mato Grosso do Sul), Bruno Wendling, avalia que as condições diferenciadas vêm num momento muito bom para o turismo de Mato Grosso so Sul. “O turismo voltou a todo vapor, a retomada foi muito forte depois da pandemia. Ano passado foi o melhor ano do Estado, especialmente em Bodoquena e no Pantanal. Este ano vemos que está melhor que ano passado”, disse.

Diretor da Fundtur, Bruno Wendling, avalia que turismo vive bom momento em MS (Foto: Marcos Maluf)

Quanto ao Pantanal, em específico, ele cita que será possível que os empresários da região poderão investir em melhorar oferta nas instalações das pousadas, inserir inovações e comprar novos veículos para fazer transporte dos turistas. “O empresário precisa disso, não consegue tirar dinheiro do bolso”, pontuou.

Setor caro – A diretora de sustentabilidade do Rio da Prata, Luiza Coelho, foi até o evento para conhecer as novas ofertas e as condições. A empresa que ela representa tem 29 anos e opera nos municípios de Bonito e Bodoquena.

Do ponto de vista empresarial, ela observou que o turismo é uma atividade cara. “O visitante não vê, mas existe nessa conta a comissão da agência, o pagamento do guia, o aperfeiçoamento das equipes e compra de equipamentos que geralmente não são baratos”, falou.

Luiza Coelho, diretora de sustentabilidade de empresa (Foto: Marcos Maluf)

Sendo assim, o financiamento cabe mais para ajudar o pequeno empresário, na opinião dela. “Principalmente ele, ainda não se recuperou legal da pandemia. O fluxo de caixa ainda é apertado”, afirma.

Mesmo não sendo empresário, o professor de Libras do campus de Aquidauana do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), Michel Estadulho, foi até a Capital para falar com o ministro. Pessoalmente, ele pediu para que a pasta preveja recursos ao turismo acessível a pessoas surdas. “Queremos que a língua brasileira de sinais esteja nos atrativos já existentes e nos futuros de Mato Grosso do Sul”, pediu.

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