Ele ganhou as bolinhas de aniversário e tinha ciência que não podia colocar na boca; mãe fez alerta
Uma mãe, que terá o nome preservado, fez um alerta nas redes sociais após o filho engolir duas bolinhas coloridas de lego e ir parar em um hospital, em Campo Grande.
Ela disse que há dias o menino queria as bolinhas de presente e ganhou de aniversário.
A mãe sabe dos alertas feitos de que as crianças não podem engolir o brinquedo e, já que o menino tem 8 anos, não acreditava que poderia ser perigoso.
Ela postou que o menino engoliu duas bolinhas de 5 mm.
“Ele começou a chorar e falar: mamãe, eu vou morrer, eu engoli as bolinhas. Nesse momento meu coração parou. Fiquei ensinando ele a forçar vômito no desespero de tentar fazer elas saírem por onde entraram. Entramos em contato com a equipe médica do hospital, até então eu achava que, no máximo, ele ia precisar de uma lavagem ou uma endoscopia”, contou a mãe.
“A médica indicou um lugar para tirar raio-x para saber onde as benditas estavam e vendo que ainda se encontravam no estômago, foi uma corrida contra o tempo para retirá-las de lá. Acontece que meu filho tinha almoçado cedo, antes das 11h que é quando geralmente o almoço sai em casa e entre 13h e 14h ele comeu um pão com mortadela e tomou leite com café. Então ao chegarmos na clínica, o anestesia, disse que havia risco de broncoaspiração, então o melhor seria fazer em ambiente hospitalar, com anestesia geral e ele intubado. Pegamos as cartinhas de indicação de urgência, corremos pro hospital. A médica já estava lá para realizar o procedimento. Infelizmente, quando ela conseguiu chegar no estômago, as bolinhas tinham descido pelo intestino. A partir daqui, a coisa ficou um ‘pouco mais grave”, relembra a genitora.
A mãe destaca que o filho correu risco.
“As bolinhas são de neodímio que é um ímã forte, elas estavam unidas, carne e unha, alma gêmea, bate coração. Mas com os movimentos peristálticos, poderiam separar, cada uma ir pra um lado e depois, nas alças intestinais, se reencontrarem e se reunirem, com isso perfurar o intestino, aderir na mucosa, pinçar partes dele, enfim, até causar infecção e todas essas complicações levariam ele para uma cirurgia. Fizemos ele comer bastante, dormimos no hospital. Cedo fizemos um raio-x que constatou que as bolinhas estavam no reto, só esperando a natureza chamar”, contou a mãe.
O menino não precisou de cirurgia. As bolinhas saíram nas fezes e tanto a equipe médica, quanto a mãe, comemoraram o ocorrido.