Morte de menino de 5 anos em Ribas do Rio Pardo aumentou alerta; Campo Grande lidera casos
Doze relatos por dia durante seis meses. Esse é o cenário de incidentes com escorpiões no Mato Grosso do Sul de janeiro até junho deste ano. O mais recente ataque fatal foi no dia 22, que tirou a vida de Pyetro Arguelho Arguelho, aos cinco anos em Ribas do Rio Pardo.
A Secretaria Estadual de Saúde, por meio do Centro de Informação e Assistência Toxicológica, o Ciatox, foram 2.234 registros de incidentes envolvendo aracnídeos no Estado.
Campo Grande
Dourados, a segunda maior cidade do MS, viu o número de registros quase dobrar em relação a 2022, diz o Dourados News. No ano passado foram relatadas 55 notificações contra 95 registros somente nos oito primeiros meses de 2023.
Pyetro morreu após várias picadas em Ribas do Rio Pardo (Foto: Facebook)
Acidentes
Foram várias aparições e acidentes registrados neste mês no MS. Uma criança de três anos foi picada quando dormia com os pais na Vila Jussara, em Campo Grande. Os pais acreditam que o aracnídeo não conseguiu injetar o veneno e a criança foi socorrida e está bem.
Em Ribas do Rio Pardo, uma moradora do Jardim Vista Alegre flagrou um exemplar dentro de um quarto da casa, diz o Notícias do Cerrado. Ela exibiu o caso nas redes sociais e pediu alerta para demais moradores.
A anúncio da presença de escorpiões na cidade ocorreu cinco dias antes do menino Pyetro Gabriel Arguelho ser atacado por um deles. No dia 15 de agosto, a mãe arrumava o filho para ir à escola quando ele calçou o tênis, sem perceber que havia um escorpião dentro.
A criança foi ferroada várias vezes e socorrida ao hospital local. Sem reagir aos medicamentos, foi transferida para o Hospital Regional em Campo Grande, onde morreu no dia 22 de agosto.
O site local apurou que os meses de agosto e setembro são o período de reprodução dos escorpiões. Portanto, é nesse período que ocorre o aumento da população e, consequentemente, o número de acidentes.
Ajuda
O Ciatox possui suporte técnico-científico, orientação, conduta, em toxicologia clínica e notificação, e pode ser acionado pelos telefones: 0800 722 6001, (67) 3386-8655 ou 150.