O grupo criminoso alvo da Operação ‘Heredita Damnare’, em Campo Grande, Dourados e Ponta Porã, usava caminhonetes clonadas e empresas de fachada para contrabandear drogas da fronteira do Paraguai. A organização é alvo de 11 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul na manhã desta quinta-feira (2).
Conforme apurado, em Campo Grande, foram apreendidas duas caminhonetes, um carro e uma motocicleta. Entre os endereços alvos, estão um condomínio na Rua Mariza Andrade Ribeiro, no bairro Rita Vieira e outro na Avenida Senador Antônio Mendes Canale. Os veículos apreendidos foram encaminhados para a sede da Polícia Federal na Capital sul-mato-grossense.
A operação desta quinta-feira (2) visa desarticular o grupo por tráfico transnacional de drogas e munições pelo modal rodoviário. O pai de um dos líderes da operação já havia sido preso pelo mesmo motivo.
Modus operandi
As investigações revelaram que o grupo usava caminhonetes clonadas para contrabandear grande quantidade de drogas e munições da fronteira. Depois, o entorpecente era transportado para grandes centro urbanos, como o estado de São Paulo. Inclusive, durante as investigações, foram apreendidas mais de 14 toneladas de maconha vindas do Paraguai.
Já para esconder o crime, os criminosos usava veículos de grande porte registrados em nome de empresas de transporte de cargas, sendo que as empresas movimentaram dezenas de milhões de reais nos últimos meses. Essas empresas estavam abertas de forma regular em nome de alguns dos integrantes da organização.
Além da PF, a operação contou com equipes da PPF (Polícia Penal Federal), PM (Polícia Militar), PMR (Polícia Militar Rodoviária), Polícia Civil e Polícia Penal.
Nome da operação
De acordo com a PF, o nome da operação significa herança maldita, em referência a um dos líderes da organização criminosa. Isso porque o líder herdou de seu pai a mesma atividade ilícita após ser preso pelo mesmo motivo.