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Prefeitura de Campo Grande terá pacotão para recapear mais de 50 km de vias públicas

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Município conquistou ao menos R$ 35 milhões em emendas e terá ajuda da Águas Guariroba, que fará manutenção de sua rede

 

A Prefeitura de Campo Grande já conseguiu R$ 35 milhões em emendas parlamentares e deve anunciar, nos próximos dias, um programa de recapeamento de vias públicas de médio e alto fluxo nas sete regiões da cidade, conforme apurado.

Ainda não foi definida a quilometragem de vias que terão o pavimento renovado, pois os últimos detalhes do programa de recapeamento estão sendo desenhados na cúpula da administração municipal.
Além dos R$ 35 milhões, suficientes para recapear aproximadamente 35 quilômetros de vias, o município conta com uma ação da Águas Guariroba, de manutenção em sua rede de encanamentos de água e esgoto nas vias de alto fluxo, que poderá resultar em mais 20 km de pavimento restaurado.

Nos bastidores, a medida é vista como o maior feito da gestão de Adriane Lopes (PP) após ser reeleita. Desde que tomou posse para o segundo mandato, em 1º de janeiro deste ano, a administração municipal tem sido alvo de reclamações na manutenção das vias públicas.

A expectativa no município é de que as licitações das obras que serão realizadas com recursos de emendas parlamentares sejam realizadas até outubro, e que parte do recapeamento das vias esteja concluído ainda até dezembro.

Os recursos para melhorar o pavimento das vias são oriundos de emendas dos senadores Tereza Cristina (PP) e Nelsinho Trad (PSD), além de Luiz Ovando (PP) e Dagoberto Nogueira (PSDB).

No mês passado, Marcelo Miglioli, titular da Sisep, disse ao Correio do Estado que a intenção do programa é resolver o problema do excesso de buracos em algumas das vias pavimentadas e de grande fluxo da cidade.

“Nós temos muito asfalto envelhecido comprometido na cidade de Campo Grande, e não tem outra forma de resolver esse problema, inclusive, diminuindo a quantidade de tapa-buraco, que não seja por meio dessa recuperação funcional do pavimento. E por que recuperação funcional do pavimento? Porque nós vamos focar em realmente restaurar a capa asfáltica, porque uma grande parte das ruas de Campo Grande tem problema estruturais e nós queremos realmente fazer uma revitalização, por meio de um contrato continuado, que foi o que nós fizemos no ano passado, um piloto, e deu muito certo, nós conseguimos recapear várias ruas de Campo Grande em vários bairros nessa modelagem”, relembrou Miglioli.

Uma das vias públicas que estão no alvo de Miglioli e Adriane Lopes é a Avenida Mascarenhas de Moraes.

“Algumas obras estruturantes são mais caras, obras que envolvem mais de uma parte de estrutura de pavimento, uma parte de drenagem, aí a gente cria os contratos específicos, como é o caso, por exemplo, da Mascarenhas de Moraes. Ali, a gente tem de fazer um projeto específico separado, porque é uma obra que tem uma parte de infraestrutura muito mais pesada, ela é uma prioridade nossa. Em termos de obras estruturantes, ela é a nossa prioridade número um”, declarou o secretário ao Correio do Estado.

No ano passado, a prefeitura conseguiu financiamento na Caixa Econômica Federal para recapear a Avenida Ernesto Geisel, entre o centro da cidade e a região sul.

Miglioli prevê que o investimento em renovação do pavimento deve reduzir os gastos com tapa-buraco.

“Na agenda de [vias] pavimentadas, nós só temos um caminho, que é realmente criar um programa de recapeamento ou recuperação funcional do pavimento, e é por isso que nós estamos construindo esse programa. Hoje, existe um consenso entre todos de que realmente Campo Grande precisa passar por um grande programa de recuperação funcional do pavimento, não dá mais para sobreviver de tapa-buraco”, afirmou.

TAPA-BURACO

O secretário diz, porém, que os contratos de manutenção de vias vão continuar, porque as ruas e avenidas precisam de reparos constantes.

“O tapa-buraco é um mal necessário e nós vimos isso agora nesse período de chuva deste ano, porque o tapa-buraco sempre foi um serviço muito marginalizado, no sentido até negativo, só que é um mal necessário. Nesse período de chuva que nós ficamos sem fazer o tapa-buraco, porque, realmente, na chuva ele é comprometido, nós quase colocamos a cidade em colapso, então Campo Grande não consegue conviver sem o tapa-buraco, mas não é a solução, a solução é a recuperação, só que aí depende de recurso e de bons programas”, completou Miglioli.

JÁ ENTREGUE

De acordo com a Sisep, entre 2024 e 2025, dos 35,1 km de recapeamentos entregues em Campo Grande, 12,7 km foram feitos por meio da secretaria. O programa beneficiou, ao todo, 20 trechos de vias da Capital.

Foram recapeadas as seguintes vias:
Avenida Tancredo Neves
Avenida Ezequiel Ferreira Lima
Rua Campo Nobre
Avenida Souza Lima
Avenida Pedro Paulo Soares de Oliveira
Avenida Marginal Bálsamo
Rua Camocim
Rua Anacá
Rua Palmácia
Rua Minas Novas
Rua Ariti
Rua Jerônimo Paes Benjamin
Avenida Ernesto Geisel (as duas pistas, entre a Avenida Mato Grosso e Shopping Norte Sul)
Rua 15 de Novembro
Rua Eduardo Santos Pereira
Rua Caconde

 

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