O projeto têm o intuito de prevenir e reduzir sequelas decorrentes da cirurgia de retirada da mama
Mulheres que passaram por cirurgia de mastectomia (procedimento cirúrgico que envolve a remoção total ou parcial da mama) terão direito garantido à fisioterapia de reabilitação na rede pública de saúde de Campo Grande. O projeto têm o intuito de prevenir e reduzir sequelas decorrentes do procedimento cirúrgico e garantir um atendimento contínuo e humanizado às pacientes. A medida está publicado no Diogrande (Diário Oficial) desta segunda-feira (14).
O direito se estende a todas as mulheres que comprovarem ter passado pela mastectomia, com ou sem esvaziamento axilar, desde que a cirurgia de mama tenha ocorrido em unidade pública de saúde.
A fisioterapia deverá ocorrer conforme o quadro clínico individual de cada paciente. Caberá aos profissionais da área definir tanto a técnica mais adequada quanto o número de sessões necessárias para cada caso.
A legislação autoriza ainda que o Poder Executivo firme parcerias e convênios com entidades públicas ou privadas, com o objetivo de ampliar a rede de atendimento fisioterápico especializado.
Por fim, a Lei estabelece o custeio das despesas geradas pela execução da nova política pública por dotações orçamentárias próprias da prefeitura. Contudo, há possibilidade de suplementação, caso necessário. A nova Lei, sancionada pela prefeita Adriane Lopes e aprovada na Câmara Municipal já está em vigor.
Mamografia e diagnóstico precoce
A mamografia é recomendada para todas as mulheres de 40 a 69 anos. O exame deve ocorrer anualmente para prevenir o câncer de mama, segundo tipo de carcinoma mais incidente entre as brasileiras, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
Se identificado em estágios iniciais, o câncer de mama tem percentual de cura elevado, entre os sinais de alerta e sintomas suspeitos de câncer de mama estão:
- Nódulo mamário em mulheres com mais de 30 anos, que persistem por mais de um ciclo menstrual.
- Nódulo mamário de consistência endurecida, que pode aumentar de tamanho, em mulheres adultas de qualquer idade.
- Saída de secreção sanguinolenta unilateral.
- Presença de nódulos nas axilas.
- Aumento progressivo do tamanho da mama, pele com aspecto de casca de laranja.
- Mudança no formato do mamilo.

Conforme o Inca (Instituto Nacional de Câncer), estima-se que 73.610 novos casos de câncer de mama sejam registrados até o fim de 2025. Isso corresponde a uma taxa de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres, e que a doença cause 18 mil mortes. Embora rara, a doença também pode acometer homens, o que representa cerca de 1% dos casos.