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Afonso Pena concentra maioria das colisões, mas avenida mais mortal é a Gury Marques

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Alto fluxo de veículos nas vias, aliado à imprudência no trânsito, é apontado como motivo da frequência das ocorrências

 

De acordo com dados da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), as Avenidas Afonso Pena e Gury Marques são as vias de Campo Grande onde acontecem mais acidentes e mortes no trânsito, respectivamente.

Os dados coletados pelo Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPMTran) e a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informam que ocorreram neste ano 174 acidentes na Capital. Deste quantitativo, 83 tiveram vítimas envolvidas (47%).

Em comparação com o ano passado, os números de acidentes e de vítimas diminuíram este ano. No período de janeiro ao dia 6 de julho de 2024, foram registrados 235 sinistros, destes, 88 tiveram feridos nos acidentes, porém, de acordo com a Agetran, não ocorreu nenhum óbito.

No primeiro semestre dos últimos dois anos, as vias com mais sinistros continuam sendo as mesmas, as Avenidas Afonso Pena, Mato Grosso e Duque de Caxias.

Destas três avenidas, a Afonso Pena é onde mais acontecem acidentes em Campo Grande. Em resposta às informações, a Agetran alertou que “devido ao grande volume de veículos e também de pedestres na região, a Avenida Afonso Pena registra um número considerável de acidentes”.

Entre as mais mortais, no entanto, a Avenida Gury Marques é a via com mais registros de óbitos neste ano, conforme informou a Agetran, seguida pela Avenida Wilson Paes de Barros e a Avenida Conde de Boa Vista.

No ano passado, as avenidas com mais registros de óbitos em Campo Grande foram a Gury Marques, a Mascarenhas de Moraes e a Monte Castelo.

Como informado, avenidas movimentadas no centro da Capital estão entre as mais perigosas para se trafegar, de acordo com dados da Agetran.

A Afonso Pena segue sendo a mais perigosa, registrando, até abril, 169 acidentes. No ano passado, de janeiro a abril, 180 ocorrências envolvendo trânsito foram atendidas na principal avenida da cidade.

As Avenidas Mato Grosso (107 acidentes), Duque de Caxias (88 acidentes), Presidente Ernesto Geisel (67 acidentes) e Guaicurus (64 acidentes) são as vias que completam a lista das mais perigosas de se trafegar em Campo Grande.


VÍTIMAS

Entre as mortes registradas na Avenida Gury Marques está a de Miguel Borgarin do Nascimento, de 19 anos, que morreu após a picape em que ele estava capotar na via, no dia 6 de agosto de 2024.

Outros dois homens envolvidos neste acidente, Vinícius e Dilan, ficaram gravemente feridos. O sinistro ocorreu na região do Bairro Universitário. Uma das vítimas usava cadeira de rodas e foi jogada da picape. Peças do veículo também ficaram espalhadas pelo canteiro.

No ano passado, no cruzamento das Avenidas Gury Marques e Guaicurus, houve um grave acidente após um fusca avançar o sinal vermelho e colidir violentamente na lateral de um ônibus de transporte coletivo.

O acidente ocorreu no dia 25 de novembro. Conforme testemunhas, o Fusca avançou o sinal vermelho e colidiu violentamente com o ônibus coletivo da linha 113 Bálsamo/Centro-Oeste, que estava cheio de passageiros.

Neste ano, o empresário Marco Antônio Mossin, de 43 anos, morreu na avenida mais mortal de Campo Grande após bater no meio-fio e ser arremessado contra uma placa de sinalização. O acidente ocorreu na Avenida Gury Marques no mês de março.

PRINCIPAL VÍTIMA

Conforme os dados da Agetran, das 36 pessoas que morreram em razão de sinistros registrados neste ano de janeiro até julho, 27 eram motociclistas, sendo as principais vítimas das colisões na Capital. Além dos motociclistas, quatro pedestres foram a óbito.

Em 2024, de janeiro a dezembro, 80 pessoas morreram em acidentes, deste total, 58 eram motociclistas e 7 eram pedestres. No primeiro semestre deste ano, um acidente terminou na morte de um ciclista e, no ano passado, seis ciclistas foram morreram em função de acidentes.

Só neste mês, três pessoas morreram atropeladas em Campo Grande, superando as ocorrências de todo o primeiro semestre deste ano.

De acordo com os dados do BPMTran, no primeiro semestre, apenas um óbito de pedestre em acidente de trânsito foi registrado. O caso ocorreu em fevereiro.

Apesar de ser um número baixo, o que chama atenção é que, em menos de 10 dias, logo no início do segundo semestre, três mortes de pedestres ocorreram, duas delas foram na Avenida Afonso Pena, uma no dia 6 e outra no dia 8.

Mesmo sendo considerado o mês da prevenção a acidentes, maio, conforme os registros do BPMTran, registrou o maior número de óbitos causados por acidentes no primeiro semestre em Campo Grande, com sete vítimas.

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