Descrito como trabalhador e tranquilo, ele foi morto com uma facada no peito pelo próprio enteado, que criou desde bebê
A morte de Osvaldo Gomes Pereira, de 59 anos, no início da noite deste domingo (29), na Vila Santa Luzia, em Campo Grande, provocou comoção entre familiares, vizinhos e amigos. Conhecido por ser um homem trabalhador e tranquilo, Osvaldo foi morto com uma facada no peito desferida pelo próprio enteado, Anderson Rodrigues Dorta, de 36 anos.
A tragédia abalou o bairro e gerou inúmeras mensagens de pesar nas redes sociais. Márcia Rodrigues, amiga da vítima, lamentou com indignação. “Oh querido amigo, descanse em paz. Você não merecia uma morte tão brutal. Uma pessoa que você criou fazer isso com você. É muito triste. Meus sentimentos aos familiares e amigos”.
Crys Crystina, também conhecida de Osvaldo, lamentou. “Ele não merecia isso. Era uma ótima pessoa”, escreveu. Outros amigos se despediram com mensagens de carinho. “Descansa em paz, meu amigo. Vai fazer falta”, postou uma amiga. “Não dá para acreditar. Perdi um grande amigo”, disse outra.
O caso
Segundo testemunhas, Osvaldo havia criado Anderson e os irmãos desde muito pequenos, como se fossem filhos de sangue. A relação, porém, se desgastou ao longo dos anos, motivados principalmente pelo uso de álcool e drogas pelo enteado.
Neste domingo, Osvaldo retornava à casa da família para buscar um carregador de celular quando encontrou Anderson consumindo bebidas alcoólicas com outras pessoas em frente à casa. Ao reclamar da situação, acabou sendo atacado
O enteado foi até em casa, ao lado, pegou uma faca de cozinha de 32 cm e retornou para desferir o golpe. A vítima ainda tentou se defender com um capacete, mas foi atingida no tórax enquanto estava sentado em uma motocicleta.
Mesmo socorrido pelo Corpo de Bombeiros até a UPA Coronel Antonino, Osvaldo não resistiu. O crime foi presenciado pela esposa da vítima, mãe do autor, que viu o próprio filho matar o marido diante dos olhos.
Anderson fugiu a pé, mas foi preso em flagrante pela Polícia Militar pouco tempo depois. Ele confessou o crime e indicou o local onde havia descartado a faca, ainda com vestígios de sangue.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do assassinato, que foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil e homicídio simples. Anderson permanece preso à disposição da Justiça.
