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Sicredi de Campo Grande cai em golpe do “falso diretor”

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Policiais civis da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Resgate a Assaltos e Sequestros (Garras) investigam um golpe de R$ 220 mil, no qual uma das cooperativas ligadas ao sistema Sicredi, em Campo Grande (MS), foi vítima.

No crime, os golpistas aparentemente clonaram o telefone celular de um dos diretores da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados União Mato Grosso do Sul (Sicredi União MS).

Uma funcionária, responsável pelos pagamentos e operações do banco, teria sido induzida a erro pelos criminosos e autorizou pelo menos três transferências para contas de desconhecidos.

O golpe, conforme relatos feitos em boletins de ocorrência, ocorreu no dia 27 de março deste ano, entre as 9h40 e as 16h05.

O golpe

De acordo com o boletim de ocorrência, posteriormente transformado em inquérito pelo Garras, um funcionário do Sicredi, R.L.P.P., assessor de recuperação de crédito, recebeu mensagens de um número desconhecido contendo a foto do diretor financeiro L.G.S.T..

O golpista se passou pelo diretor e solicitou o contato do setor de contas a pagar.

Rafael então repassou o contato de J.S.L, gerente de serviços compartilhados, que, por sua vez, forneceu o contato de A.C.M.S., responsável pelo setor.

O golpista entrou em contato com a funcionária A.C.M.S., solicitando três transferências bancárias para contas de terceiros no Banco Will S.A CFI. As transferências foram as seguintes:

  • Para Ilda Conceição da Silva, no valor de R$ 38.765,00.
  • Para Ilda Conceição da Silva, no valor de R$ 94.600,00.
  • Para Karolayne Pereira Lima, no valor de R$ 87.490,00.

A.C.M.S, acreditando tratar-se do diretor, realizou as transferências utilizando o sistema interno do Sicredi. Somente após efetuar os pagamentos, ela desconfiou da situação e, juntamente com sua colega J.S.L, descobriu a fraude ao verificar que a foto e o número de telefone do contato não correspondiam ao do diretor.

Rafael também confirmou não ter feito a solicitação dos pagamentos.

Após os pagamentos indevidos, A.C.M.S. acabou demitida do banco.

O setor de segurança da cooperativa tentou rastrear os valores, mas o dinheiro já havia sido pulverizado em outras contas.

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar os fatos, determinando a juntada de boletins de ocorrência, depoimentos dos funcionários, além dos comprovantes de transferências e registros das conversas por WhatsApp.

A investigação segue em andamento para identificar os autores do golpe.

O Sicredi União foi procurado para comentar o caso, e enviou a seguinte nota:

“O Sicredi colabora com os órgãos responsáveis pelas investigações e, por se tratar de uma diligência em andamento, não comenta detalhes do caso. Reforçamos que investimos continuamente em segurança com o objetivo de proteger nossos associados e as comunidades onde atuamos”.

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