Sidnei Batista foi executado a tiros após ser sequestrado e ter a caminhonete roubada pelos criminosos
Walter Rafael Vicente Bueno e Claricia Santos de Sousa foram condenados a mais de 46 anos de prisão pelo assassinato de Sidnei Batista, 50 anos. O crime aconteceu em 28 de junho de 2024, após a residência da vítima no Bairro Esperança, em Chapadão do Sul, distante 331 quilômetros de Campo Grande, ser invadida pelo casal e mais dois homens. O cadáver foi encontrado em uma plantação de algodão no dia 1º de julho daquele ano.
De acordo com a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Sidnei praticava agiotagem. Walter sabia disso e decidiu roubar a caminhonete do homem para vender. Claricia, esposa do autor, tinha “total conhecimento” do plano e consentiu com o assalto.
No dia do crime, Walter e Matheus Felipe Urbano da Silva entraram na casa da vítima por volta das 20h. Armados, os homens anunciaram o assalto e amarraram Sidnei pelas mãos. Em seguida, o colocaram na carroceria da caminhonete e saíram da residência com o veículo e o agiota.
Algum tempo depois, Walter buscou sua esposa e o Matheus desceu do veículo e sumiu. O casal foi até a zona rural de Chapadão do Sul e retiraram Sidnei da caminhonete e meio a uma plantação de algodão. Claricia então entregou a arma de fogo ao marido que atirou na testa da vítima. Os dois fugiram do local com a S10.
O caso foi investigado pela Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestro) que prendeu quatro envolvidos no dia 1ª de julho daquele ano após receber a informação de que a caminhonete da vítima seria comprada por um detento que estava na Penitenciária Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima, em Campo Grande, por R$ 1 mil e 100 gramas de cocaína.
Walter, Claricia, Matheus e Letícia Oliveira da Rocha foram denunciados pelo latrocínio e pela ocultação de cadáver. O casal e o outro homem passaram por julgamento na semana passada quando acabou sentenciado pelos crimes.
A mulher recebeu pena de 22 anos e seis meses, Walter foi condenado 23 anos e 9 meses de prisão, ambos em regime fechado. Já Matheus foi sentenciado a 2 anos, um mês e 15 dias pelo roubo da caminhonete. Letícia teve o processo desmembrado, ela foi a responsável por guardar a caminhonete roubada em casa.