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Campo Grande apresenta Hortas Urbanas e App de Conexão Produtor-Consumidor à Cônsul da Alemanha

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A Prefeitura de Campo Grande, em parceria com o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade e o Consulado Geral da Alemanha em São Paulo, organizou o workshop “Inovação Agrícola e Adaptação Climática: Boas Práticas, Conservação e Desenvolvimento Sustentável”. Durante o evento, foi apresentado ao Cônsul-Geral Adjunto do Consulado Alemão em São Paulo, Joseph Weiss, e aos demais participantes o Programa Hortas Urbanas e o aplicativo Mercado Solidário.

Na manhã desta sexta-feira (29), uma visita técnica à Horta Chácara Palmeiras, realizada pela Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (SIDAGRO), destacou como Campo Grande vem promovendo a agricultura urbana. Criado há quatro anos, o Programa Hortas Urbanas tem transformado a paisagem da cidade ao apoiar produtores urbanos e organizar núcleos agroecológicos. A iniciativa assegura alimentos saudáveis e gera renda para milhares de famílias, muitas delas anteriormente em situação de insegurança alimentar. Já o aplicativo Mercado Solidário, desenvolvido pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), conecta produtores diretamente ao consumidor final.

“Temos aqui uma produção sustentável de alimentos. Hoje são mais de 200 hortas sociais, pedagógicas e comerciais, que com apoio da Sidagro e do SENAR, têm melhorado a produção e recebido atendimento adequado. Observamos nesses atendimentos a dificuldade do produtor em vender, em escoar a produção, por isso a parceria com a UFMS no App Mercado Solidário, que conecta o agricultor urbano que quer vender e não sabe como, com o consumidor que se interessa por essa produção”, explica o secretário Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Ademar Silva Jr.

Campo Grande conta com mais de 200 hortas urbanas, sendo 106 cadastradas no Cadastro do Produtor Urbano e Rural do Município e atendidas pela Sidagro. Esses produtores recebem orientações técnicas, uso de maquinário agrícola para preparo do solo e transporte de insumos, além de doações de mudas e adubos. Para facilitar a conexão entre produtores e consumidores, o aplicativo Mercado Solidário, financiado pela Funtrab (Fundação do Trabalho do Mato Grosso do Sul), já reúne centenas de produtores cadastrados que vendem seus produtos diretamente pelo app.

“Estou aqui em uma horta urbana, participando de um seminário que o consulado está fazendo com o ICLEI, em Campo Grande. O objetivo é juntar forças para conseguir uma visão comum da sustentabilidade, da inovação agrícola, mas também na proteção do meio ambiente. Estamos aqui para ver ideias inovadoras, e me parece uma excelente ideia de produzir comida, alimentos orgânicos mais saudáveis, mais sustentáveis, e eu acho que essa maneira de juntar forças e trabalhar com a secretaria, com a universidade, é uma ideia impressionante que merece uma ampliação”, destacou Joseph Weiss, Cônsul-Geral Adjunto do Consulado Alemão em São Paulo.

O professor Alexandre Arruda, coordenador do Observatório do Cooperativismo e Economia Solidária da UFMS, ressaltou que o aplicativo também funciona como uma ferramenta de coleta de dados. “Nós estamos buscando dados a respeito da comercialização de produtos orgânicos, da agricultura familiar, das cooperativas, e agregar todos esses dados de forma com que os pesquisadores possam fazer estudos e levantamentos sobre o consumo e a comercialização de produtos orgânicos”, explicou, reforçando que o app auxilia os produtores a comercializar o excedente da produção.

A Sidagro atua diretamente em hortas urbanas instaladas em espaços públicos ou privados, como escolas, unidades de saúde, instituições de assistência social, clínicas de recuperação de dependentes químicos, centros comunitários e associações de moradores. As hortas atendem centenas de famílias diretamente e milhares de forma indireta, seja com fins comerciais, sociais ou pedagógicos.

No caso das hortas sociais, o programa também contribui para o segundo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), “Fome Zero”. “Temos responsabilidade com a Fome Zero, cumprindo o ODS, e dentro disso a gente recebe doações de frutas e verduras. O que não serve para alimentação fazemos a compostagem e levamos para as hortas sociais. Assim, distribuímos alimentos para quem vive em vulnerabilidade e desenvolvemos as hortas sociais”, explicou Adir Diniz, coordenadora-geral do Fundo de Apoio à Comunidade (FAC).

O workshop, realizado nos dias 28 e 29 de novembro, foi uma oportunidade de aprendizado e troca de experiências sobre inovação tecnológica, conservação ambiental e produtividade agrícola. O evento contou com a co-realização da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb).

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