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SES celebra 10 anos do Guia Alimentar Brasileiro com web aula sobre inclusão e promoção da saúde

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A SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio da gerência de Alimentação e Nutrição, realizou nesta terça-feira (15), a web aula ’10 anos do Guia Alimentar para a População Brasileira: Estratégias de disseminação com olhar interseccional das políticas públicas’. A transmissão aconteceu por meio da Plataforma Telessaúde MS.

A palestra faz parte de uma série de ações em comemoração ao Dia Mundial da Alimentação, celebrado no dia 16 de outubro.

Para o gerente de Alimentação e Nutrição da SES, Anderson Holsbach, essa foi uma oportunidade para fortalecer estratégias e consolidar o Guia Alimentar como uma ferramenta de inclusão, respeito à diversidade e promoção da saúde para todos.

“Nosso trabalho na SES é garantir que essas políticas alimentares não sejam apenas conceitos teóricos, mas práticas diárias que impactem positivamente a saúde da nossa população. Por isso, a interseccionalidade nas políticas públicas é tão importante. Precisamos construir estratégias que dialoguem com as necessidades específicas de cada grupo, respeitando e incorporando os saberes tradicionais, sem perder de vista as urgências contemporâneas, como o combate à obesidade e ao consumo excessivo de alimentos ultraprocessados”, afirma Anderson.

A palestra foi ministrada pela nutricionista e professora da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Dra. Caroline Camila Moreira, e  voltada aos profissionais e gestores do SUS (Sistema Único de Saúde), SUAS (Sistema Único de Assistência Social) e SISAN (Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional).

Guia Alimentar para a População Brasileira

Foto: Reprodução/Ministério da Saúde

Em 2024, o GAPB (Guia Alimentar para a População Brasileira) completa uma década desde sua última versão publicada em 2014.

Criado pelo Ministério da Saúde, o documento se consolidou como uma das principais referências para a promoção de uma alimentação saudável e sustentável no país.

Baseado em princípios que vão além da análise nutricional de alimentos, o guia adota uma abordagem inovadora, promovendo não só o consumo de alimentos in natura e minimamente processados, como também incentivando o preparo das refeições em casa e a valorização da cultura alimentar brasileira.

“Embora seja reconhecido e adotado pela comunidade acadêmica, a disseminação e a implementação das recomendações do GAPB ainda é um desafio. Mesmo após 10 anos de sua publicação, a presença onipresente dos alimentos ultraprocessados nos ambientes alimentares dos brasileiros, e por outro lado, as dificuldades de acesso e aumento do preço dos alimentos in natura, representam algumas das muitas barreiras para a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis preconizados no GAPB”, avalia Anderson.

À medida que o Guia Alimentar para a População Brasileira completa sua primeira década, especialistas avaliam que ele ainda tem um longo caminho pela frente. A revisão de suas diretrizes para acompanhar as novas descobertas científicas e as mudanças sociais é esperada, mas sua essência – de promover uma alimentação saudável, saborosa e sustentável – permanece tão relevante quanto no seu lançamento.

“O GAPB, por defender a comida de verdade, tem sensibilizado profissionais e gestores à criticidade quanto a ações de conflito de interesse. Por isso, o lobby da indústria de alimentos já tentou, por inúmeras vezes, desbancar sua aplicabilidade e descredibilizar suas evidências científicas.  O que nos leva a agir em defesa do Guia. Os 10 anos do GAPB – que completa sua fase de “infância” – nos mostra quão potente e promissora pode ser a sua fase de “adolescência” para mudar a realidade da situação alimentar e nutricional da população brasileira, em especial da sul-mato-grossense”, conclui Caroline.

Dia Mundial da Alimentação

Comemorado mundialmente no dia 16 de outubro, o Dia Mundial da Alimentação promove a reflexão sobre os desafios e avanços no cenário alimentar global. A data está fundamentada em quatro pilares: melhor nutrição, melhor produção, melhor ambiente e melhor qualidade de vida, e foi escolhida para marcar a criação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em 1945, com o objetivo de promover a conscientização sobre a importância de garantir segurança alimentar para todos.

A data foi adotada por mais de 150 países que realizam ações coletivas anualmente para conscientizar sobre a importância do acesso aos alimentos. A cada ano a FAO escolhe um tema diferente para a celebração e em 2024 o tema proposto é “Direito aos alimentos para uma vida e um futuro melhores”. A proposta destaca a urgência de transformar os sistemas alimentares globais, ressaltando a necessidade de torná-los mais sustentáveis, inclusivos e resilientes diante dos desafios climáticos e sociais.

Kamilla Ratier, Comunicação SES
Foto capa: Reprodução/Agência Gov

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