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Após se aproximar de zero, inflação volta a subir em Campo Grande

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No ano, o IPCA acumula alta de 3,23% na Capital; em setembro, foi impulsionado pelo setor de Habitação, com alta no preço da energia elétrica

No mês de agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,03 em Campo Grande, uma queda de 0,26 ponto percentual se comparado com a taxa de julho. Em setembro, o índice voltou a subir, fechando o mês em 0,58%.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9).

No ano, o IPCA acumula alta de 3,23% na Capital, e nos últimos 12 meses, de 4,45%, acima dos 4,33% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram deflação: Vestuário (-0,24%), Despesas Pessoais (-0,25%) e Comunicação (-0,22%).

Os maior índice foi do setor de Habitação (2,06%), seguido por Alimentação e Bebidas (1,13), Artigos de residência (0,33%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,30%) e Educação (0,15%).

Transportes tiveram índice de 0,03%. Confira:

Análise

Em Alimentação e Bebidas (1,13%), a alimentação no domicílio teve alta de 1,44%, após dois meses consecutivos de queda. Foram observados aumentos nos preços do mamão (23,63%), da laranja-pera (17,97%), do café moído (8,40%) e do acém (7,92%). No lado das quedas, destacam-se a cebola (-15,55%), a batata-inglesa (-8,45%) e o tomate (-7,88%).

A alimentação fora do domicílio registrou alta de 0,24%. O subitem refeição teve queda de 0,05%, enquanto o lanche acelerou de -0,64% em agosto para 0,70% em setembro. 

No grupo Habitação (2,06%), o resultado foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que passou de -3,67% em agosto para 5,47% em setembro, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$4,463 a cada 100kwh consumidos. Além da energia elétrica residencial, os subitens que mais contribuíram no campo positivo, foram o material hidráulico (1,74%) e o gás de botijão (1,18%).

No lado das quedas, além da energia elétrica residencial, se destacaram os subitens: tinta (-0,99%) e sabão em barra (-0,97%).

No grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,30%), a queda foi influenciada pelos subitens óculos de grau (-3,70%), fralda
descartável
 (-2,98%) e pelo hipotensor e hipocolesterolêmico (-2,08%). No lado oposto, as maiores altas vieram dos
subitens exame de imagem (3,04%), papel higiênico (2,74%) e anti-infeccioso e antibiótico (2,36%).

O grupo Transportes registrou aumento (0,03%), com impacto de 0,01 p.p. no índice. Entre as quedas, ganham destaque conserto de automóvel (-0,82%), com impacto de -0,02 p.p., ônibus interestadual (-1,63%) e motocicleta (-0,75%).

Os maiores aumentos vieram de passagem aérea (7,12%), e do seguro voluntário de veículo (3,59%). Também subiu
automóvel novo (0,66%), que teve o maior impacto positivo no grupo (0,01 p.p.).

O grupo Vestuário apresentou queda de 0,24% no mês passado. Contribuíram para o resultado do mês os itens calçados e acessórios (-0,92%) e roupa masculina (-0,29%). Dentre os subitens, ganham destaque o tênis (-2,33%), camisa/camiseta masculina (-1,42%) e sapato feminino (-2,66%). No lado das altas, joia (1,79%) e calça comprida feminina (2,15%) se destacam.

O grupo Artigos de residência teve variação mensal de 0,33% em junho. Os subitens com as maiores altas foram encontrados em ar-condicionado (3,84%) e reforma de estofado (3,79%). Na contramão, as maiores baixas foram conserto de celular (-2,31%), computador pessoal (-2,24%) e roupa de banho (-2,21%).

O grupo Despesas Pessoais (-0,25%) apresentou o primeiro valor negativo no ano, com destaque para a queda nos
subitens como, cinema, teatro e concertos (-10,80%), alimento para animais (-1,81%) e bicicleta (-1,67%). No campo
oposto, as principais altas vieram dos subitens sobrancelha (2,55%), e tratamento de animais (clínica) (2,17%). O
acumulado no ano foi para 4,14%.

O grupo Educação subiu 0,15%. Esse resultado foi influenciado pelo aumento dos seguintes subitens: autoescola (1,99%), atividades físicas (0,89%) e livro não didático (0,51%). Não houve quedas neste grupo.

O grupo Comunicação apresentou variação de -0,22% em setembro, influenciado diretamente pela queda no subitem aparelho telefônico (-1,3%).

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