Ex-policial militar, que hoje atua como advogado, é acusado de perseguir ex-mulher
Ex-policial militar que já atuou no Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), e é advogado, teve a posse e o porte de armas suspenso pela Justiça após fazer ameaça e perseguir ex-mulher, uma promotora de Justiça. Depois de decretada medida protetiva de urgência em favor da vítima e a suspensão do direito de andar armado, a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Dourados também apreendeu, por ordem judicial, uma pistola Tauros de calibre .380 com um carregador desmuniciado na casa do homem de 45 anos, agora investigado por violência doméstica.
Conforme apurado, a ameaça mais grave contra a promotora aconteceu em maio deste ano. O casal viajava de carro, quando passou a discutir e, então, o ex-policial parou o carro na estrada, sacou a arma que estava porta-objetos da porta do veículo e passou a gritar que mataria a mulher. Tudo aconteceu na frente da filha do casal, de 7 anos.
A promotora decidiu pôr um fim na relação a partir daquele momento. O advogado saiu de casa e, desde então, o casal tem conflitos frequentes a respeito do divórcio e, de acordo com o relato da vítima à polícia, o ex-marido aparece sem avisar, sempre portando a arma de “forma ostensiva”.
A mulher decidiu procurar ajuda depois que o ex não compareceu a uma audiência marcada para regulamentar a guarda da filha do casal, mas dois dias depois apareceu na casa dela e a abordou com a mão na arma de fogo que estava na cintura e apontando o celular com a câmera ligada para ela. A vítima diz que se sentiu intimidada e com medo de levar um tiro, acelerou o veículo que conduzia para fugir dali. Neste mesmo dia, em agosto deste ano, ela procurou ajuda policial.
O caso ainda é investigado pela DAM de Dourados. O homem está proibido de se aproximar da vítima, dos familiares dela e de testemunhas que possam contribuir para as apurações.