Isadora Araújo Martins, de 11 anos, foi encontrada morta no dia 11 de dezembro de 2023, após ser estuprada
Maikon Araújo Pereira, de 31 anos, acusado de estuprar e matar Isadora Araújo Martins, que era chamada de ‘Estrelinha’ de 11 anos na época em 11 de dezembro de 2023, enfrenta o júri popular nesta quarta-feira (28), em Campo Grande. Quem também será julgada ao lado do suspeito é a mãe vítima, Inezita Ramos de Oliveira.
O laudo necroscópico confirmou que a ‘Estrelinha’, foi estuprada antes de ser morta por Maikon Araújo Pereira, de 31 anos, no dia 11 de dezembro, no bairro Nossa Senhora das Graças, em Campo Grande. Exames constataram que a criança foi abusada sexualmente e teve traumatismo craniano.
Relembre o caso – A menina, de 11 anos, que foi encontrada morta na noite de domingo (11) foi estuprada e espancada até a morte no bairro Nossa Senhora das Graças, em Campo Grande (MS). A vítima estava sozinha na residência cuidando de outros dois irmãos de três anos e de um bebê.
Durante a coletiva de imprensa, a delegada da 1ª Del. Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), Karen Viana de Queiroz, contou que a polícia foi acionada por volta de 00h. “A criança estava desacordada. Foi tentado uma reanimação, mas, infelizmente, ela já estava sem vida”.
“Quando chegamos no local, a menina estava deitada no chão da cozinha com a parte de baixo da roupa levantada, com sangramento na parte vaginal e com vários ferimentos no rosto. Ela estava muito machucada”, afirma a delegada.
Em depoimento, um vizinho relatou que escutou quando um homem apareceu na casa e perguntou da mãe da criança. A menina respondeu que a mulher não estava, porém, o suspeito disse que precisava entregar um dinheiro para a mãe da pequena. Em seguida, o vizinho foi até o banheiro e quando saiu escutou apenas um dos bebês chorando. Neste momento, ele contou que foi ver o que estava acontecendo, quando percebeu um homem saindo do imóvel.
Outros vizinhos também foram ouvidos e relataram que a mulher era garota de programa e que a residência tem muito entre e sai de homens. Indagada, a mãe das crianças disse que os programas só aconteciam quando o bebê estava dormindo, o outro na creche e a vítima fatal estava na escola.
A delegada expôs que a mulher passou 7h na rua fora de casa. “No depoimento, ela tenta culpar os vizinhos de não terem feito nada. O fato não tira dela a culpa de deixar os filhos sozinhos. Ela estava meio abalada, mas tenta sempre empurrar a culpa para outra pessoa. Além disso, a casa estava insalubre”.
O Conselho Tutelar foi acionado, mas com a demora, as outras crianças foram levadas para a DEAM por um vizinho. Após um período, eles foram encaminhados para um abrigo. Já a mãe segue presa.
O caso foi registrado como abandono de incapaz, estupro de vulnerável e homicídio doloso contra a pessoa menor de 14 anos, que é qualificado. “Ainda estamos investigando para saber se o crime teve alguma relação com o gênero ou a pessoa tinha alguma relação com a mãe. Até então, não foi encontrado nenhum instrumento no local e os suspeitos estão sendo procurados”, finaliza Karen.