Movimento foi batizado “cachorrada dos bancos” e ocorre em frente a uma agência Bradesco
O Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região realiza, nesta segunda-feira (19), a partir das 8h30, um protesto em frente à agência do Bradesco localizada na esquina das avenidas Afonso Pena com a Calógeras, na Capital. Será servido cachorro-quente para a população.
O movimento foi batizado “cachorrada dos bancos”. O objetivo é pressionar as instituições financeiras a apresentarem uma proposta de reajuste salarial que valorize a categoria.
Segundo o sindicato, as instituições financeiras, mesmo obtendo lucros de R$ 29 bilhões somente nos três primeiros meses de 2024, propõem reajustes que “podem precarizar os direitos e rebaixar os salários dos trabalhadores”.
A mobilização começou na noite de ontem (18), quando foram colados cartazes nas principais agências bancárias do centro de Campo Grande.
“Em 2023, os cinco maiores bancos do Brasil, juntos, tiveram um lucro de R$ 108,6 bilhões. Nos últimos 10 anos, o lucro deles cresceu 169% acima da inflação e a rentabilidade média do setor é de 15% acima da inflação, muito maior que a dos bancos de outros países como os EUA (6,5%) e Inglaterra (9%). Então, com todos esses excelentes resultados, não há justificativa para não trazerem respostas para o reajuste dos bancários”, afirma Rubens Jorge Alencar, presidente do sindicato.
Há dois meses, a categoria bancária está em negociação com a Federação dos Bancos (Fenaban) e reivindica reposição da inflação e aumento real de 5% nos salários, na PLR e demais verbas econômicas da Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários.
O sindicato também denuncia o fechamento de agências e postos de trabalho, precarizando o atendimento. Segundo levantamento da Dieese, o setor bancário fechou, em todo país, pouco mais de 6 mil postos de trabalho em 2023 e, desde 2019, encerrou mais de 3 mil agências bancárias.
“É inadmissível que os bancos, enquanto amontoam lucros bilionários, promovam o desmonte do atendimento bancário no país. O fechamento de agências e as demissões em massa são um ataque direto à população, especialmente àqueles que mais precisam dos serviços bancários. É preocupante ver um setor tão importante, que obtém lucros exorbitantes ano após ano, não dar sua contribuição para a manutenção do emprego no país”, destacou Rubens.